quarenta e sete.

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Domingo. 18:14 PM.

Capítulos de agora em diante serão demorados, pois voltaremos a escrita atual, e não o revisamento.

Tainá

Tava zonza pra caralho das idéia, tão ferrada da cabeça que eu não conseguia nem falar direito. Nada tava me ajudando não.

O que me fodia mermo era memória antiga passando a milhão na mente! Mó falta de ar da porra, sensação ruim.

Tainá: A-Augusto... — Levantei me apoiando no móvel da parada ali, acho que eu tava na casa dele.

Minha mente tava confusa pra caralho.

Coringa: Que foi? Tu tá tremendo. — Moleque veio pra cima de mim, eu não conseguia falar nada. — Senta, Tainá. Não levanta.

Eu já tava de pé, com a mão no peito.

Tainá: Num consigo... Num consigo r-respirar... — Sussurrei, nervosa.

Num afobo quando essas porra acontece, mas agora tava pior. Eu não tinha ideia que caralho tava acontecendo comigo de fato.

Coringa: Te peguei, morena. — Ele segurava meus braços, tentei me afastar mas não adiantou em nada.

Aquilo ali tava piorando as coisas.

Tainá: Sai... Victor... Sai.

Eu tentava empurrar ele, porém o físico do Augusto era maior que o meu. E sentir a mão dele no meu cabelo num tava ajudando em nada.

Dez anos atrás...

Vocês estão liberados, podem se retirar. — Meu professor falou enquanto apagava o quadro, aproveitei pra começar a guardar  meu material.

Amanhã eu ia fazer quatorze, e eu também ia me formar no ensino médio. O problema é que pra complicar, eu ia começar medicina. Meus pais conseguiram autorização pra eu fazer o curso, mas era muita coisa.

Já estava prestes a sair da sala quando ouvi me chamaram, tive que parar por alguns instantes quando notei que esse alguém era o Roger, meu professor de inglês.

Tainá: O que precisa, senhor?

Ele não me respondeu, só tirou os óculos e passou por mim. Também trancou a porta.

— Ajoelha.

Tainá: O quê? — Franzi o rosto, desentendida. Minha ficha caiu quando ele começou a desabotoar a calça.

Merda.

Tainá: Eu preciso ir. — Tranquilizei minha própria voz enquanto tirava um grampo do meu cabelo, ainda sem me virar totalmente eu tentava abrir a maçaneta, não fazia tanto tempo que eu sabia fazer aquilo porém tinha a certeza que eu conseguia mesmo de costas.

Ele não deixou eu ao menos continuar tentando, o professor segurou meu punho enquanto me abraçava com força. Tentou me desmaiar com uma mata-leão também.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora