quarenta e dois.

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Sexta-Feira. 18:03 PM.

Lara

A Tainá ainda estava dormindo e eu não tinha parado de fazer carinho nela, por algum motivo ela estava bem mais colada no meu corpo do que antes. Não faço a mínima idéia do porquê mas não reclamei.

Meu celular estava carregando a alguns minutos, tinha deixado meu carregador aqui e como ele estava desligado me resultou em sete ligações perdidas e quinze mensagens.

As setes ligações e treze mensagens foram feitas por meu pai, as outras duas mensagens era da Belle. Já estava prestes a ver o que ela queria, porém meu pai me ligou.

Oitava ligação agora.

Lara: Oi pai. — Falei baixo por conta da Tainá ter se mexido, ela apertou minha coxa fraquinho. Sorri fraco também.

Você tem vinte minutos pra estar na porta dessa casa, entendeu?

Revirei os olhos.

Lara: Não dá pra eu... Eu voltar agora.

Você sabe que meus homens estão atrás de você, não é? Eu sei que você tá com ela. — Repetiu enquanto fazia um barulho com a garganta.

Lara: Tá bom, pai. — Falei num tom debochado, ele quis me xingar mas ficou quieto.

Cadê sua mãe?

Lara: Não sei.

Fala direito comigo, Larissa.

Lara: Tô falando... Normal.

Tá gaguejando por quê?

Lara: Caso você... Caso você não saiba, meu namorado... Enfiou uma coisa na minha garganta. — Olhei pra baixo, ainda acariciando Tainá. — Esquece, você s-sabe.

Volta pra essa casa logo que eu vou fazer coisas piores com você.

Lara: Minha mãe que... Que devia ter te traído. — Ironizei, fazendo ele desligar na minha cara.

Suspirei fundo pensando na merda que estava acontecendo na minha vida.

As vezes sou tão azarada que dói.

Lara: Tainá?... — A chamei aos poucos na intenção de fazer ela levantar. Nada aconteceu.

Lara: Taí... Acorda. — Balancei seu corpo, devagarinho, ela apenas se prendeu nas minhas pernas.

Deu dó de pensar que a Tainá não dorme, e quando dorme tem que acordar. Isso deve fazer um mal danado pra ela.

Lara: Ei... Levanta. — A chamei de novo, Tainá passou a mão no rosto, sem sair do meu colo.

Ela tava esperando eu falar.

Lara: Não sei como... Mas meu pai sabe que eu tô com você. — Ela nem se mexeu, só franziu o rosto. — Ele tá mandando eu... Eu voltar.

Tainá fechou a cara, ainda me olhando. 

Tainá: Pega... Pega suas coisas, já te levo. — Concordei, ajudei Tainá a se levantar, ela foi pro banheiro.

Fui pegar minhas coisas, quando ia virar pra ver se a Tainá já tinha saído, ela apareceu no quarto de novo.

Tainá: Passar no posto. — Prendeu o próprio cabelo num coque.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora