quatorze.

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Terça feira. 16:51 PM.

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Tainá sentiu seu sangue ferver enquanto passava por seu corpo, Gustavo realmente tinha tocado em Lara novamente, mesmo não mandando.

Isso era algo para a traficante resolver no momento, afinal, havia prometido que não o mataria por conta dela. Tainá foi em direção à portaria observando as casas atentamente, talvez teria de entrar no condomínio novamente. E não seria pelos portões.

Estacionou o carro perto do primeiro portão, estava torcendo para que o porteiro apenas abrisse. Mas isso não aconteceu.

Boa tarde.

Tainá: Boa tarde. — Sussurrou, aquilo fez com que sua voz engrosasse um pouco mais que o normal. O mesmo tom falho se antes.
A mulher evitou contato visual com o mesmo, virou o rosto não tendo muito o que dizer.

Uber da senhorita Silva?

Tainá: Isso. — Ligou o para-brisa, quase cinco horas da tarde e ainda não havia parado de chover.

Hm, tá certo. — Falou um tanto quanto desconfiado, mas de qualquer jeito permitiu que a morena saísse com o carro.

Tainá: Obrigada aí. — Disse ainda num tom baixo, logo após saiu do condomínio com pressa. Sabia que pela desconfiança do homem ele tinha consciência de quem Tainá era. Isso seria um problema futuramente.

Pegou o radinho acionando Leonardo, já pedindo pro rapaz localizar Gustavo. Não iria perder tempo e o cobraria o mais rápido que podia, para elimina-lô e conseguir sair da vida da ruiva de vez.

— Patroa.

Tainá: Rastreia o Gustavo pra mim, manda a localização pro meu gps. —  Virou o volante entrando na avenida, após isso parou no farol.

— O mesmo Gustavo? — Tainá concordou. — Tá na BMW?

Tainá: Uhum, cadê o moleque?

— Ele tá no Complexo, na primeira casa de baile na rua.

Tainá: No meu Complexo? Porra, ninguém falou nada pro irmão? — Leléo deu de ombros, sem saber. — Tá certo caralho, tá certo!

— É vacilo dos irmãos.

Tainá: Quem tá de plantão hoje? Coringa colocou quem?

— Vou ver isso, senhora.

*****

Terça feira. 18:32.

— Chefe. — Um dos homens murmurarem enquanto Tainá saia do carro. — Quer que eu estacione pra senhora?

Tainá: Eu já parei o carro, Loirin. Tá chapando? — Não demorou para acender um de seus baseados, logo depois colocou sua pistola na cintura. — Deixa perto da entrada pô.

Loirin: Uhum, tá certo.

Caio pegou a chave do veículo e saiu da vista de Tainá com o mesmo. Logo após, a morena foi em direção ao baile que até então estava vazio.

A pequena multidão que em breve já estaria bem maior, foram se esquivando para dar passagem a morena. Tainá era dona dali, e dona de todas as casas daquele Complexo.

Ao perceber que a chuva sincronizou com a música, a traficante não conseguiu evitar um sorriso de lado. E em poucos, continuava adentrando ao baile.

𝐓𝐑𝐎𝐏𝐀 𝐃𝐄 𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖾 𝗍𝖺𝗂𝗇𝖺𝖼𝗍𝗈𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora