Eileen
De volta á realidade, sentia-me relaxada e pronta para segurar as rédeas da minha vida. A começar, pelo trabalho.
Faltavam poucas semanas para terminar o estágio. Desejava não ter estragado a fantástica oportunidade de ter um lugar na empresa. Não queria recorrer novamente á influência do meu pai, queria ganhar por mérito meu.
Deram-me mais uns dias em casa, embora também me atribuíssem um novo caso. Fiquei bastante aliviada. Para além do restante dia, os dois outros eram os últimos.
Tencionava estudar o caso, estar com os meus amigos e família e depois, apostar no futuro na empresa de advocacia.
Deitada na cama com a Constança, ajudava-a com os trabalhos da escola.
Enquanto isso, trocava mensagens com o Ander e organizava a minha pasta, dando uma vista de olhos geral pelo caso. Algo mais forte e pesado, envolvendo um suposto assassinato. E, o meu superior acreditava na inocência, que as provas foram forjadas.
Perdi-me um pouco nos arquivos que me foram entregues e nas fotografias do local onde o crime aconteceu. Notava-se que o corpo tinha sido movido.
Era um crime brutal e estava bastante limpo, o que não era nada compatível.
- O que estás a ler?
- Coisas do trabalho, Constança. - Arrumei por fim as minhas coisas, para que ela não as visse e ficasse traumatizada.
- Já estou quase a acabar, mana.
- Boa!
Posto isto, segurei de novo o telemóvel.
elchicoguapo.
Estamos no parque, anda cá ter
O teu boy também está aqui, se precisares de incentivoPreciso é de vos separar 😅
Tudo tchill priminha, já falamos
Assustada com o possível rumo da conversa entre ambos, esperei que a Constança acabasse os seus trabalhos.
Corrigi algumas coisas, explicando-lhe sempre no processo o porquê de estar errado. Depois, a criança começou a arrumar o seu material feliz por já ter acabado tudo.
Vesti um casaco e calcei-me, saindo do quarto com ela. Optei por levá-la até ao parque, pois o dia estava agradável.
Avisei o Christian para guardarem as possíveis substâncias ilegais, por precaução.
Assim que chegamos, a pequena correu para o colo do primo, que jogava à bola. Ao perceber o quão calmo o ambiente estava, ao ponto de não se matarem durante o jogo, acenei para o Chris e dirigi-me ao Ander.
Com a bola parada nos pés, tinham parado o jogo para me cumprimentarem. E pelo facto da Constança ter roubado o Christian.
Levei ambas as mãos ao rosto dele, tocando os seus lábios por breves segundos.
Cumprimentei os rapazes também.
Levei a minha irmã para o banco, entregando-lhe os brinquedos que tinha trazido. Enquanto se entreteve, tomei atenção ao jogo.
- Então amor, como correu no estágio? - Sorri, ao ouvir a sua voz.
- Correu bem, melhor do que esperei. - O rapaz sentou-se ao meu lado. - E a conversa com ele? Já sei que falaram.
Pegou numa garrafa de água.
- Melhor do que esperei. - Repetiu as minhas palavras, mostrando um sorriso. - Ele aceitou o facto de estar contigo, o resto não me importa, de todo. - Encolheu os ombros.
- Menos mal. Com o tempo vai melhorar. - Ele beijou a minha bochecha, o que me fez deitar a cabeça no ombro dele.
- Queres vir jantar a minha casa hoje?
- Vais estar sozinho?
- Não. Mas também já conheces os meus pais e assim fica tudo oficializado.
- Princesa, anda acabar o jogo! - O Nano provocou o Ander, recebendo o seu dedo como resposta. Este retribuiu.
Revirei os olhos.
- A que horas?
- Ainda não sei bem, mas envio-te mensagem quando for! - Voltou a beijar o meu rosto, antes de se levantar. - Deixa-me acabar o jogo, já que os teus amigos estão cheios de ego.
Acabei por me rir.
O Ander correu de volta para o campo, bastante tranquilo com toda a situação. Fiquei vê-los e a brincar com a Constança.
Mesmo sabendo que as provocações eram inevitáveis, pelo menos era possível estar com o meu namorado e com a minha família, o que era uma vitória para mim. Nos últimos meses o ambiente era terrível.
Foi um enorme passo para todos.
leerojas.
A tua históriaa minha criança favorita
👀 1203Perto das sete da tarde, decidi voltar para casa.
A minha irmã estava bastante animada e cansada, pois os rapazes acabaram por jogar á bola com ela. Fiquei encantada por vê-la assim, tão feliz e despreocupada, tal como a sua idade merecia e pedia.
Contava ao meu pai tudo, sem parar de voltar de tão animada estar. Este apenas olhava para mim, surpreendido com ela.
Até eu estava.
(...)
Esqueci-me por completo que ainda tenho capítulos desta história e a quantidade de leituras e votos relembrou-me!
Desculpem 😬
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BALANCE ➛ ARON PIPER
Teen Fiction'O frio da tua alma, apagou a chama que há em nós'