ophelia • pietro maximoff

nine - what happened?

O dia estava lindo, ensolarado mas não tão quente, ja que era quase inverno em Nova York. Ophelia estava aproveitando o dia fazendo yoga e meditação na varanda da sala de estar, não era algo que ela costumava fazer, na verdade, era a primeira vez tentando. Seu celular tocava uma música calma estilo lo fi enquanto ela praticava as posições.

Yoga foi uma das recomendações de sua psicóloga quando fazia terapia por conta de seu TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumáticos), mas ela preferiu aprender outras habilidades, ela era teimosa demais para ouvir outras pessoas. Até que ela estava parada fazendo nada e pensou "Por que não?"

-Jesus Cristo.- Lia disse após se assustar com a figura masculina que a encarava com uma feição confusa.

-Desde quando você faz yoga? -Pietro perguntou olhando para a garota que estava sentada de pernas cruzadas.

-Desde hoje, então se você puder me dar licença, você está desalinhando meus chakras. Aummmmm.- Ophelia disse voltando a fechar os olhos mas continuou sentindo o olhar sobre si.- Qual foi, Maximoff?

-O Rogers ta chamando a equipe toda pra uma reunião, as investigações terminaram, vamos para uma missão amanhã.- Pietro disse explicando.- Eai não vai levantar não?

-Meu Deus como é irritante.- Lia disse levantando do chão.- Aposto que chego lá mais rápido que você.

-Você ta muito errada.- Pietro disse semicerrando os olhos.- Valendo.

Pietro correu e Lia apenas se teletransportou para a porta de uma das salas de reuniões, chegaram ao mesmo tempo mas ficaram quase cinco minutos discutindo e dizendo que um dos dois havia ganhado. Era mais um dia normal. Depois de finalmente entrarem em consenso que haviam chegado ao mesmo tempo, entraram na sala, todos estavam encarando eles. As paredes da sala eram de vidro, então todos podiam ver o que acontecia dentro e fora.

-Ophelia, você pode se sentar? -Steve disse, ele estava em pé de braços cruzados, assim como outros da equipe mas a metade estava sentado ao redor da mesa com expressões não muito boas.

-Ih, gente, que caras são essas? Quem morreu? -Lia brincou sorrindo enquanto sentava-se, mas seu sorriso desapareceu quando todos permaneceram calados e com a mesma feição.- Agora vocês estão me assustando, o que ta acontecendo?

-Stevie, deixa que eu conto.- Nat disse e sentou em uma cadeira ao lado perto de Ophelia.- Oi, pirralha.

-Nat, por que ta todo mundo assim? -Lia perguntou, seu olhar ja dizia tudo, ela estava preocupada, um copo d'água flutuava até a garota e ela o pegou no ar.

-Seus pais... Eles estão vivos, sempre estiveram.- Nat disse e Lia pareceu mais confusa que surpresa.- Estávamos investigando mais a fundo nossa missão, e os achamos. Os saqueadores de vibranium, são do mesmo grupo que supostamente mataram os seus pais, eles forjaram a morte para deixar você com a S.H.I.E.L.D, senão vocês estariam sempre em perigo ja que você é um produto de experimentos que elew sofreram, e iriam atrás de vocês de qualquer jeito. Eu também não sabia, o Fury me contou quando eu fui falar com ele essa manhã.

-Espera, meus pais me largaram? -Ophelia disse, ela simplesmente não conseguia acreditar, não era como se ela estivesse pulando de alegria, a garota passou anos sofrendo pra no final ser uma mentira.

-Foi pro seu bem, Lia.- Clint disse, eles haviam se conhecido como agentes, então ele sabia muito sobre seu passado.

-Eu desenvolvi um distúrbio mental crônico pra no final, eles terem feito isso por conta própria? -Lia disse, haviam dor em suas palavras, era como se todos os sentimentos que ela sentia na noite em que ela supostamente havia perdido os pais estivessem voltando.- Foi tudo uma mentira.

Ophelia apertou um copo de vidro que havia em suas mãos, fazendo-o quebrar e os cacos cairem no chão. Ela olhou pra sua mão com um pouco de sangue, um pedaço de vidro saiu de dentro de sua palma, ela não sentia dor alguma e o ferimento em sua mão fechava lentamente. Ela não sabia fazer aquilo antes.

-Lia, eu quero que preste atenção em mim.- Nat disse colocando as mãos nos rostos da mais nova.- Eles vão se mudar para Nova York essa semana, você pode chama-los para vir aqui e vocês se resolvem. Você pode ficar enquanto a gente vai pra missão, tenho certeza que tem muita coisa passando nessa cabeça. Tem uma pasta de arquivos em cima da sua mesinha de cabeceira no quarto, la tem todas as informações deles. Eu amo você, godis, vai ficar tudo bem.

-Também amo você, liten blooma.- Lia sussurrou. As duas assentiram e a reunião, de fato, iria começar.

Steve começou a dar informações sobre a missão, explicando o plano e debatendo com os outros os detalhes, eles iriam para um vilarejo no deserto perto de Dubai, de onde a carga saía. Eles partiriam pela manhã cedo, e voltariam depois de dois dias. Ophelia permaneceu calada, antes ela sempre falava algo para brincar com a equipe, mas dessa vez, nenhuma palavra saiu.

-Ophelia! -Pietro a chamou quando a reunião acabou, mas ela ignorou e se teletransportou para o seu quarto.

-Ela vai ficar bem.- Clint disse colocando a mão no ombro do mais novo.

No quarto de Lia, ela chorava alto e gritava, era como se ela estivesse revivendo aquele dia várias vezes em sua cabeça, e ela não conseguia se livrar disso, era como se ela estivesse tendo pesadelos mas estando acordada. Seu corpo tremia, sua respiração estava desregulada, ela estava em pânico.

Depois de alguns minutos tentando se controlar, finalmente conseguiu voltar a respirar normalmente. Levantou-se do chão onde estava deitada e foi para sua cama, olhou para o lado e viu a pasta que Nat havia citado. Ela puxou com seu poder até parar em sua mão, na primeira folha haviam uma foto de seus pais, ela sentia falta deles.

Katrina, sua mãe, tinha cabelos muito escuros assim como os de Lia, seus olhos eram cor de mel, e tinha um sorriso lindo. Mikael, seu pai, ja tinha cabelos mais claros que o da esposa, mas seus olhos eram verdes brilhantes iguais aos da filha, que chamavam bastante atenção por serem bem raros. Eles haviam mudado de sobrenome, agora eram Nöllen e não mais Svechnikov, e estavam vindo da Noruega.

Além disso, eles haviam um filho de 9 anos, era muito parecido com pai mas o sorriso e as covinhas na bochecha eram da mãe. Seu nome é Viktor, nasceu um ano após os acontecimentos. Eles estavam mudando-se para Nova York por conta do emprego de Mikael, ele havia ganhado uma proposta boa para ser professor de história na Universidade de Nova York.

Ophelia estava curiosa para conversar com eles depois de tanto tempo, mas não anulava o fato de que ela ainda sentia amargura dentro de si. Eles apenas a deixaram la, ela viu tudo o que havia acontecido e ainda não acreditava que eles tinham escapado. Doía ver ou pensar neles de novo, pois tudo lembrava aquela maldita noite.

E pensar que eles perderam 10 anos da vida de Lia por egoísmo, fazia o sangue da garota ferver.

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godis = docinho
liten blooma = florzinha

sim, eh uma referência a meninas super poderosas pq as meninas se parecem com elas msm