Capítulo 35

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Abro meus olhos com um pouco de dificuldade por conta da luz da televisão, o filme ja havia acabado e Hannah ainda estava dormindo e com a cabeça em minhas pernas, nós dormirmos no meio do filme.

Balanço Hannah na intenção de fazê-la acordar, mas ela apenas se mexe e não acorda. Chacoalho ela novamente, dessa vez um pouco mais rápido e ela logo acorda.

—o que foi? —ela pergunta meio atordoada.

—nada não, era só para te fazer acordar. — ela faz uma careta e revira os olhos.

—tá com fome? —pergunto e ela dá de ombros.

—vou fazer algo para a gente comer. —levanto e vou até a cozinha preparar alguma coisa.

[...]

Ja tinha colocado as coisas no fogão, então fiquei sentada um pouco no balcão da cozinha e mexendo no celular.

Hannah entra na cozinha e senta do meu lado no balcão.

—silêncio né? —assenti e coloquei meu celular no balcão.

—são oito horas da noite e eles não chegaram ainda. —falo me referindo a zoe, drew e a cambada toda.

—eles devem estar se divertindo, bill.

—poxa, ninguém me chama mais para sair, queria me divertir também. —digo fazendo biquinho.

—aí meu deus, fica assim não, quer dar uma saidinha comigo amanhã? —hannah fala fazendo carinho em meus cabelos.

—eu tava brincando, mas já que você me convidou, não vou recusar né. —hannah sorri.

Eu fiquei muito boba com aquele sorriso, eu amo o sorriso da hannah, é tão fofo.

—menina isso não se faz.

—ué, mas o que eu fiz? —ela pergunta confusa.

—me deixou boba desse jeito. —ela ri e cora.

Não posso me apaixonar por ela de novo, não posso me apaixonar por ela de novo, não posso me...ah, esquece.

—como consegue ser tão linda? —pergunto fazendo um carinho em seu rosto, deixando hannah ainda mais sem graça e corada.

—é tão fofa corada, sabia? —ela olha para o chão e começa a mexer nos dedos. Rio baixo e levanto o rosto dela.

Me aproximo calmamente dela, juntando nossos lábios em um beijo um pouco demorado.

Sinto um cheiro que aparenta ser de queimado e lembro do arroz que estava no fogo

—puta que pariu o arroz. —vou até o fogão e abro a panela.

—queimou. — olho para hannah meio triste e ela ri.

—qual a graça?

—nada não. —morde o lábio inferior.

—desisto, vou pedir alguma coisa pra gente comer. —pego o celular.

—vai querer oque?

—comida japonesa.

—vai comer peixe?—lhe olho incrédula.

—vou ué.

—assassina.

—só porque vou comer peixe não quer dizer que sou assassina.

—ah quer sim, peixe é carne.

—mas não foi eu quem matou o peixe.

—tá, mas você vai comer um animal, ele tinha vida, tinha família. —dou ênfase no família.

—pelo amor de Deus, vai dar sermão em outro lugar, Billie.

don't break my heartOnde histórias criam vida. Descubra agora