Capítulo 45

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Entramos no shopping e ficamos andando por lá, comprando algumas coisas nas lojas e tomando sorvete, como de costume fui parada por alguns fãs para tirar foto.

— Billie ela é sua namorada? —um dos jovens que estavam tirando foto comigo perguntou. A pergunta me deixou um pouco em dúvida, não sabia se deveria falar verdade ou apenas dizer que ela é uma amiga, coisa que ela com certeza não é.

— Ela não é minha namorada não... —Hannah percebeu que eu estava um pouco desconfortável e cutucou meu braço.

— Billie, olha! — apontou para o cartaz de um filme no cinema.

— Invocação do mal três? Tem certeza que quer assistir?

— Claro, mas se você tiver medo e não conseguir dormir a noite a gente pode assistir Sing dois.

—Quem disse que eu tenho medo? Logo eu que já fui um monstro de baixo da cama. —cruzei os braços.

— Você é um monstro em cima e em baixo da cama. — arregalei os olhos e apontei para os jovens que estavam com a gente.

— Vou lá pegar os ingressos pra gente. — assenti e ela saiu indo até onde compra os ingressos do cinema.

Depois que eles já terminaram de tirar fotos e foram embora, fui até onde a Hannah estava.

— Obrigada por ter quebrado aquele galho pra mim. — disse me aproximando de Hannah.

— Não precisa agradecer, mas só não entendo porque você não assume que é lgbt. —o Homem da bilheteria entregou os ingressos pra ela.

— Não acho que eles estejam prontos pra isso, a último coisa que eu quero é algazarra no fandom por causa da minha orientação sexual.

— Entendi...

— Mas um dia eles vão saber, embora muitos deles já desconfiem, eles vão ter certeza um dia, e eu já to planejando tudo.

Fomos até a entrada da sala do cinema onde já tinha gente esperando.

— Tenho até medo desses seus planos aí.— Hannah disse pegando um balde de pipoca.

— Enfim, que história é essa de "monstro em cima da cama" dona Hannah?

— Não sei, talvez você tenha que tentar lembrar da nossa última vez, que você me fez de gato e sapato, me chamou de todos os tipos de nomes ... — tapei a boca dela, Já morrendo de vergonha por ela estar falando essas coisas em público e pelo fato de que o moço da pipoca estava nos olhando como se fossemos duas loucas.

— Você não tem vergonha na cara não né menina? Precisa explanar isso? — Tirei a mão da boca dela e ela começou a rir.

— Desculpa... — falou rindo.

—Depois você vai ver o monstro de verdade. — sussurrei em seu ouvido e ela sorriu animada.

Pegamos a pipoca e voltamos para a porta de entrada, que já estava sendo aberta.

O moço abriu a porta e nós entramos na sala do cinema, indo até a fileira do meio e sentando nas cadeiras.

Depois que todo mundo sentou, eles fecharam as portas, apagaram as luzes e o filme começou.

O início foi até que leve, não teve muito susto e não apareceu nenhum demonio.

[...]

O final foi lindo, se não fosse um filme de terror eu provavelmente já estaria chorando.

Acenderam as luzes novamente e abriram as portas, Hannah e eu nos levantamos e saímos.

— Eu achei que esse seria mais pesado que o dois. —Hannah disse.

don't break my heartOnde histórias criam vida. Descubra agora