Capítulo 23.

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Treze de Fevereiro...
Noah.

Sem ao menos piscar os olhos, me concentro no jogo de luta em minha frente, movendo os dedos no controle bastante empenhado em matar o avatar do Josh e fazer com que o meu irmão tenha uma boa pontuação, já que ele teve que sair para atender o celular e me deixou responsável por vencer o lobo asiático, mas quando eu estava quase conseguindo, sinto uma mão pousar em minha cintura e acabo me remexendo para retirar ela de lá quando seus dedos começam a me fazer cócegas.

Puta que pariu, ele sabe que esse é meu ponto fraco!

Sem conseguir resistir mais, acabo rindo e fechando meus olhos por breves segundos, me desconcentrando do jogo e sentindo vontade de jogar o controle do vídeogame nele, algo que eu já fiz algumas vezes. Mas antes de conseguir o mandar parar, ou o fazer parar, sua mão sai de perto da minha cintura e volto a olhar para a televisão, percebendo que esse filho da puta ganhou.

—Vai se ferrar, seu escroto, isso foi trapaça! Você me distraiu para poder ganhar porque sabia que eu iria vencer!– exclamo levantando rapidamente do sofá, me segurando para não quebrar mais um controle nesse trapaceiro.

—Calma aí, diabinho, não tenho culpa se você se distrai com tanta facilidade!– ele levanta com um sorriso cínico no rosto e rosno para ele.—Na próxima presta atenção no jogo e talvez você possa chegar ao meu nível!

O olho abismado pela falta de vergonha na cara desse cínico enquanto ele se vira de costas rindo de mim, o que me deixou ainda mais irritado, mas sem o deixar se afastar, pulo em suas costas e circulo meu braço em seu pescoço, sentindo suas mãos segurando minhas coxas ao invés de tentar se defender e me questiono se sou tão fraco assim.

—Joshua Lewis, admita que você só ganhou porque trapaceou me fazendo cócegas!– exclamo apertando meu braço nele.

—Filhote, o seu aperto não irá me fazer mal algum!

Filhote? É sério isso? Ok então!

Paro de apertar os meus braços nele e puxo um pouco o seu moletom para o lado, deixando à mostra a pele do seu pescoço e levo meus dentes até ela, mordendo com força e ouvindo um arfar do Josh quando perfuro minhas presas no local, que aperta suas mãos em minhas coxas e acabo não conseguindo controlar o som que foi abafado pela sua pele ainda em minha boca, fechando os olhos ao sentir mais do gosto metálico de seu sangue e aproveitando a minha primeira sensação de marcar alguém.

—Noah...– sua voz sai em um sussurro e retiro minhas presas da sua pele, passando a língua pelo local da marca temporária que agora se destaca no seu pescoço.

—Ops, sou tão impulsivo quando estou estressado que nem percebi que estava te mordendo!– repuxo meus lábios em um sorriso cínico descendo de suas costas e encontrando o seu semblante atordoado.

Me jogo novamente no sofá esperando ele absorver o que acabou de acontecer enquanto me olha e coloca uma das mãos no local onde lhe marquei, mas desvio minha atenção do Josh quando ouço passos e percebo que é o Henry, que para no lugar, olhando para o pescoço do Josh e logo em seguida para mim.

—É melhor eu nem tentar mais entender vocês dois!– Henry dá de ombros, e acho que o olhar do lobo asiático está sério demais em cima de mim.—Josh, precisamos nos encontrar com o alfa Ramsey na rodoviária!

—Agora?– Josh pergunta sem olhar para ele enquanto parece querer ler os meus pensamentos.

Talvez eu tenha passado um pouco da linha que ele colocou entre nós... mas ele me aromatizou primeiro, então não pode brigar comigo por algo que ele mesmo começou!

Meu Vigia Noturno IIOnde histórias criam vida. Descubra agora