Capítulo 15.

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Oito de fevereiro...
Noah.

Saio do banheiro devidamente vestido com o meu pijama extremamente quente e confortável, junto com meias de inverno para passar a tarde toda jogado na cama.

Mas se bem que eu nunca consigo ficar na cama por muito tempo.

Uma gota de água cai sobre minha bochecha, me lembrando que ainda não sequei o meu cabelo, mas minha barriga pede por comida e ela vem em primeiro lugar. Então passo pela porta e seguro a tentação de escorregar pelo corrimão da escada, pois já quebrei o braço duas vezes nessa mesma escada, tirando as vezes que quebrei a perna quando tentei subir na maior árvore da praça e quando tentei pular o muro da creche quando pequeno.

Odeio sentir dor, mas não facilitava para impedir de senti-la!

Adentro a sala de jantar e me recordo que tia Nanda está de folga hoje, junto com as outras pessoas que trabalham aqui, tirando o Jarvis.

—Será que tem alguma sobremesa? Ou um bolo com refrigerante? Mas se bem que eu ia começar a ter uma vida saudável de uma semana e ainda não comecei ela. Foda-se isso, vou comer o que eu quiser mesmo, deixa isso para o Henry, ele sim precisa manter o porte de supremo gostoso!– atravesso a grande mesa para chegar até a porta da cozinha.—Acho que vou pintar o cabelo, esse castanho claro está aqui desde que eu nasci, mas se bem que quando eu tentei pintar o cabelo da minha irmã deu merda!

Coloca merda nisso, agora ela nunca me deixa encostar no cabelo dela!

—Falando sozinho, diabinho?– levanto o olhar assustado para a figura em pé no balcão da cozinha, comendo um pedaço de bolo de morango.

—Não, estava falando com o meu amigo imaginário!

—O Flocos? Você ainda vê ele?– bendita seja a minha inocência de criança e a memória do Josh.

—Isso foi quando eu tinha cinco anos, não tenho mais amigo imaginário!– abro uma das geladeiras onde ficam as sobremesas e comidas, pegando o bolo grande sem o deixar cair no chão.

Não podemos desperdiçar comida!

—Por que você não está mais no escritório junto ao meus pais e Henry? Vocês estão enfurnados lá desde que cheguei do colégio!– pergunto tentando tirar algo dele enquanto corto um pedaço do bolo.

Malditas sejam aquelas paredes e portas à prova de som!

—Senti fome!– ele dá de ombros.—Por que não secou o seu cabelo? Vai ficar doente novamente e depois fica reclamando o quanto é azarado!

—Eu senti fome e eu irei secar depois. Mas para a sua informação, eu não fico reclamando quando fico doente!– ele levanta uma de suas sobrancelhas.—Ok, talvez eu fique reclamando e me lamentando um pouco, mas é só um pouco, porque eu realmente sou azarado no requisito gripe, enquanto a Mia passa o ano todo sem ficar doente, eu fico seis vezes no mesmo ano!

Vou ter que aturar essas gripes até os meus dezesseis anos!

—Pirralho, você também não facilita para sarar rápido, já te peguei comendo sorvete escondido várias vezes enquanto estava com febre!

—Eles imploram para serem ingeridos!– levo mais pedaços de bolo na boca enquanto ele caminha para colocar o prato na pia.—Ah, e vai pra puta que pariu com esse teu "pirralho"!

—Estava até estranhando você não xingar até agora. Você precisa aprender boas maneiras!– suas mãos apertam minha cintura enquanto ele fala a última frase rente ao meu ouvido.

—Vai se foder, Joshua!

—Então vem comigo, acompanhado é bem melhor!– prendo a respiração quando sinto uma mordida fraca em meu pescoço, sendo seguida por um beijo no mesmo local.

Meu Vigia Noturno IIOnde histórias criam vida. Descubra agora