Capítulo 9.

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Vinte e cinco de Janeiro...
Noah.

Observo a Maya estar em uma distância razoavel para não escutar o meu surto por conhecer uma humana e ainda por cima, fazer amizade com uma.

—Caralho, como você esquece de me contar que a humana é a sua vizinha?– indago um pouco alto ao olhar para a Lisa.

—Talvez seja porque a Maya é uma Baker e que logicamente mora na casa da dona Laura que sempre esteve ao lado da minha casa, sendo que você sempre vai para minha casa?

—Mas eu não tinha interligado as coisas, não tenho culpa se o meu raciocínio é lento as vezes, mesmo que seja raramente, eu também tenho um pouco de lerdeza em mim como todos!

—Tirando Elisa Miller!

—É pra rir?

—As vezes me dá uma vontade de te meter uns tapas!

—Olha a agressão física, eu sou só um bebê!

—Quando te convém!

—Claro, temos que aprender a usar estratégias em momentos oportunos que a vida trás!

—Palhaço! Mas o Leon sabe que essa é a humana? Ele ainda não consegue usar o olfato para identificar humanos e é novato na alcateia!

—Ele quase falou demais por não saber que a Maya era humana. Mas pode ficar tranquila que eu sou muito esperto, com um raciocínio de dar inveja...

—Segundos atrás estávamos falando da sua lerdeza e falta de raciocínio!– Elisa me interrompe e reviro os olhos.

—Isso não vem ao caso agora! Voltando para o que eu estava tentando dizer antes de ser interrompido. Consegui empedi-lo de falar, com uma desculpa péssima, depois escrevi no celular avisando que a Maya era humana e que depois eu explicaria tudo.

—Pelo menos serve para alguma coisa.

—Puta que pariu, você está insuportável hoje!

—Você sabe que eu te amo e que o meu mal-humor contigo é minha forma de demonstrar carinho!

—Uma forma peculiar, mas já me acostumei a ser esculachado mesmo!

—Vou ir procurar o meu pai logo na casa do seu avô, porque os seus dramas estão chegando a um nível alto para mim.

—Você não vai me acompanhar até em casa e ficar mais um pouco comigo?– pergunto e recebo um aceno negativo dela.—Ok, pode ir lá, mas se eu não conseguir chegar em segurança até em casa, é culpa sua!

—Noah, você está carente? Se sim, vai procurar outra para te dar carinho, pois estou fora, tchau!– ela vira de costas e começa a caminhar.

—Ótima amiga eu tenho. Tchau!

Começo a percorrer o meu caminho para casa, que não dura mais que cinco minutos, já que minha casa fica bem perto da praça. Pego o meu controle e abro o portão, o fechando assim que passo por ele. Observo dois seguranças conversando entre si ao passar pelo jardim e percebo que Jarvis não está aqui hoje.

Assim que adentro em casa, vejo o meu irmão e o lobo asiático jogando algum vídeo game, o que me alegra ao o ver depois de três dias fora de casa. Corro na direção do meu irmão e pulo em cima dele, o abraçando, que logo parou de jogar e retribuiu o abraço.

—Venci!– Josh exclama contente.

—Só venceu porque deixei o jogo de lado, se não eu queria ver você me vencer!– Henry diz ainda me abraçando.—Na onde você estava? E que cheiros são esses em você?

Meu Vigia Noturno IIOnde histórias criam vida. Descubra agora