Capítulo 11.

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Vinte e nove de janeiro...
Noah.

Ajeito o gorro preto em minha cabeça e acabo deixando que alguns fios castanhos saiam dele, me olho no espelho logo em seguida, conferindo se não estou esquecendo de nada na minha vestimenta para sair de casa. Calça e blusa térmica, casaco para a neve, luvas e botas impermeáveis, gorro e meias de lã estão tudo ok, e o melhor de tudo é que não estou parecendo uma bola com isso tudo como eu ficava quando era menor.

Minha mãe exagerava muito!

Pego o celular e começo a ligar para o Leon, esperando que ele atenda enquanto ando pelo quarto em circulo.

Ligação on:

—Oi, Noah!

—Oie, vamos nos encontrar na praça central daqui a quarenta minutos? Eu ainda preciso ir para casa da Elisa para convencer ela e a Maya, a alcatéia está coberta de neve e a praça principalmente!

Tudo bem, mas a Maya não gosta de neve, boa sorte em convencer ela!

—Obrigada, elas com certeza vão, então é melhor se arrumar logo.

—Convencido nem um pouco. Já estou indo me arrumar, tchau, Noah!

—Tchau, cachorrinho!

Ah não, de novo não! Foi sem querer, eu nem sabia que estava rosnando naquele dia!

—Agora já foi e a Maya me deu um ótimo apelido para lhe dar, apesar que ela não lembra de nada!

—Se a Elisa não estivesse lá eu estaria ferrado com o seu irmão, né?

Que nada, eu não ia deixar que ele faça algo a você, e além do mais, a Maya só iria ouvir um rosnado, não alguém se transformando em lobo! Apesar que se eu fosse um humano e ouvisse alguém rosnar para mim, iria ficar bastante curioso para saber do motivo para essa pessoa incorporar um cachorro raivoso com tanta perfeição!

—Você não vai esquecer isso nem tão cedo, né?

—Não mesmo. Mas precisamos ter cuidado perto da Maya, ela não pode descobrir por nós, e sim, pela vó dela!

Verdade, vou tomar mais cuidado na próxima, a Elisa não vai estar sempre perto para poder apagar a memória dela!

—Eu sinto que fizemos errado, mas ao mesmo tempo fizemos certo. Eu não gostaria de ter uma bruxa da mente apagando minha memória, nem se for uma pequena parte, mas era preciso...

Entendo o seu ponto de vista e concordo com ele, mas ela não pode desconfiar que existe o sobrenatural por agora, ela poderia surtar e fugir!

—Eh. Agora vou te deixar se arrumar, vou logo pra casa da Lisa, até daqui a uma hora!

Até.

Ligação off.

Saio pela porta do quarto, aproveitando que minha mãe e Mia estão em uma seção de massagem no terceiro andar, pois elas com certeza vão ficar perguntando na onde eu vou e minha mãe vai arranjar motivos da Nárnia para me fazer ficar em casa.

Acho que deve ser por conta de algum ataque de algum grupo de lobo que está tendo, acabei não prestando atenção em nada que papai e Henry explicava!

Desço as escadas devagar para evitar fazer barulhos, indo na direção da porta do jardim, já que a porta dos fundos e da frente deve estar sendo vigiadas, e no jardim tem a saída de emergência subterrânea que os meus pais pensam ser secreta.

Meu Vigia Noturno IIOnde histórias criam vida. Descubra agora