Capítulo 1.

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Vinte de Janeiro...
Noah.

Levo minhas mãos em direção aos meus olhos, os coçando para tentar espantar a preguiça que está presente no meu corpo enquanto ouço a música infernal do meu despertador. Me sento na cama e desligo o alarme, mas me jogo na cama novamente, pois estou de férias e não há motivo para acordar cedo, ou há algum motivo que não me lembro.

Parabéns, Noah, colocou alarme e não lembra o motivo!

Estava prestes a voltar ao meu sono quando lembro o motivo para esse alarme tocar às nove e meia da manhã. Levanto em apenas dois segundos e corro para o quarto ao lado do meu, abro a porta rapidamente e adentro o local. Avisto o corpo da minha irmã sobre a cama com vários lençóis ao redor da mesma, sorrio largo e pulo em cima de sua cama, abraçando o seu corpo e o balançando.

—Mia, acorda! É o nosso aniversário! Estamos oficialmente com quinze anos, aquele lobo asiático não pode mais me chamar de pirralho ou filhote, apesar que do jeito que ele é, vai continuar me chamando assim só para provocar e olha que só temos três anos de diferença, mas isso não importa agora, pois estamos com quinze anos!– indago me sentando ao lado do seu corpo ainda sonolento.

Mia me olha assustada sem entender o que está acontecendo, mas isso só durou cinco segundos, pois ela se senta na cama e me abraça, fazendo o meu corpo ir para trás pelo impulso.

—É o nosso aniversário! Finalmente o dia da nossa festa chegou! Vontade de gritar!– dou risada pela a afobação dela, mas não me sinto diferente da mesma.

—O nosso café da manhã já deve estar pronto, estou ansioso para descer!

—Vou escovar os dentes primeiro, me espera aí!– ela me solta e sai da cama, indo para o banheiro.

Olho ao redor do seu quarto enfeitado com posters de grupos masculinos, a maioria de asiáticos e tenho que confessar que eles são bonitos e me lembram o Josh, com pequenos traços semelhantes, mas é apenas pequenos mesmo, pois apesar de achar o mesmo insuportável, não posso negar a beleza de um deus grego que ele tem.

Lobo asiático sortudo!

O seu maxilar é extremamente marcado, o deixando com uma puta beleza extraordinária quando o mesmo fica com um semblante questionador, analisando detalhes que muitos não prestam atenção. Seus olhos, um pouco puxados, são de uma tonalidade castanha, mas me deixa confuso quando a luz refletem neles, os deixando com algumas faíscas verdes. Os seus fios castanhos escuros as vezes ficam meio ondulados e sua franja sempre está alinhada sobre sua testa, mas suas mãos inquietas sempre os bagunça, o que não o faz ficar menos lindo, porque ele só fica ainda mais gostoso.

Eu não sou cego!

Seus ombros são largos e um porte físico de atrair muitos olhares, acompanhados com suas mãos maiores que as minhas e com algumas veias saltando quando ele as fecha em sinal de estresse, mas nada se compara quando ele repucha os seus lábios em um sorriso, mostrando os seus dentes muito retos e alinhados, que me deixam impressionado.

Mas ele não precisa saber que eu reparo nesses detalhes nele!

Do jeito que aquela praga asiática pega no meu pé, vai ficar satisfeito em ouvir algum elogio saindo da minha boca para se referir a ele. Um grande mente poluída e pirracento que é amigo do meu irmão mais velho, sem contar que não vou me livrar dele nem tão cedo, já que o mesmo é filho do meu padrinho e tio, mas não que eu queira me livrar dele. Bom, talvez eu já tenha pensado em algumas formas de assassinato para me livrar dele, mas é mais fácil apenas ignorar quando ele começar a ficar um porre.

Meu Vigia Noturno IIOnde histórias criam vida. Descubra agora