Capítulo 29.

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Seis de março...
Noah.

Diminuo os movimentos do meu corpo para me aproximar mais do Leon e coloco uma das minhas mãos em seu ombro direito, inclinando minha cabeça e deixando meus lábios rente ao seu ouvido esquerdo com a intenção de o fazer entender as minhas palavras, e antes que eu comece a pronunciá-las, suas mãos seguram minha cintura e me impulsionam para voltar a dançar, ocasionando em uma gargalhada nas duas partes devido a aproximidade que nos encontramos.

—Tô indo pegar alguma bebida, vai querer alguma coisa?– pergunto cessando o riso.

—Sim, pode ser qualquer coisa que contenha álcool!– suas mãos saem da minha cintura e me afasto.

Preciso de uma coca-cola urgentemente, nem saliva eu tenho mais na boca!

Ando na direção que eu suponho ser o oppen bar porque é quase impossível de se enchergar alguma coisa entre tantas pessoas. Isso porque a Mia disse que só iria chamar as pessoas mais próximas a ela, e com toda a certeza, a Mia é a mais sociável da família, não duvido nada que ela já tenha feito amizade até com o poste na frente da nossa casa.

Tento parar de pensar demais e me concentrar em não trombar com nenhuma pessoa segurando um copo com qualquer bebida, já que não tenho muita sorte em festas, mas até que ainda estou em vantagem, pois não tomei um banho de cerveja da cabeça aos pés, não fiquei no meio de nenhuma briga que aquele lobo asiático causa quando bebe demais, não presenciei nenhuma cena de beijo do Josh ou do Henry, ninguém me jogou na piscina e também ninguém me beijou aleatoriamente, apesar que...

Mas que merda!

Dou dois passos para trás, colocando um braço na minha barriga ao me encolher devido a dor que me tirou brutalmente dos meus pensamentos e percebo que trombei com alguém em uma posição nada favorável para mim, pois levei uma cotovelada forte na barriga.

—Tinha que ser você, Noah, sempre causando problemas!– a voz exclama alto, me possibilitando a escutar algumas de suas reclamações e percebo quem é o dono dessa voz.—Manchou toda minha camisa!

—Cala a boca, Matheus, estamos no meio da pista de dança, queria o quê? Que todos abrissem espaço para você passar, vossa majestade?

Reviro os olhos e me forço a consertar a postura, massageando o local acertado com uma das minhas mãos, querendo sair logo de sua frente sem me estressar ao relembrar do dia que esse imbecil não mediu a força ao me derrubar com força no chão no meu primeiro treino de Lacrosse. Mas infelizmente, Matheus não está facilitando para minha calmaria, pois assim que dou passos para ir embora, sou impedido pela sua mão no meu braço.

—É assim que você vai tratar o seu capitão de time? Com essa língua afiada?– ele indaga próximo a mim, me fazendo sentir seu hálito de álcool e rosno para ele.

Abro a boca para retrucar e mandar ele me soltar, mas a fecho assim que escuto o rosnado do Josh atrás de mim sendo seguido por sua mão que se fecha ao redor do pulso de Matheus, o forçando a retirar sua mão do meu braço com um aperto que jurei ter ouvido o estalo do osso dele daqui. Olho rapidamente para o Josh, ficando apreensivo pela coloração amarelada de seus olhos e pela sua expressão fria enquanto continua olhando para o Matheus, e temendo que Josh se descontrole devido ao provável excesso de álcool que ele deve ter ingerido e ao efeito da lua cheia em um beta, seguro em seu braço, trazendo sua atenção para mim.

A Maya!

—Por mais que eu ame presenciar uma briga, aqui não é um bom lugar para isso, lobo asiático. Controla esse seu temperamento e essa sua sede por álcool, você sabe que não se dar nada bem com essa mistura!

Meu Vigia Noturno IIOnde histórias criam vida. Descubra agora