Capítulo 24.

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Treze de fevereiro...
Maya.

Aperto em ligar novamente para o Noah, na esperança que ele atenda, pois faz uma hora que o mesmo disse que estava vindo e ainda nada, sendo que nem ao menos manda uma mensagem para acabar com os meus pensamentos que não me deixam em paz.

E se o carro bateu em alguma árvore ou em outro carro? E se ele foi sequestrado e estão negociando o resgate nesse exato momento? Ou até mesmo assaltado e na tentativa de fugir, acabou sendo machucado?

Jogo o celular no sofá, afastando os pensamentos negativos para não atrair coisas ruins, pois no máximo ele deve ter se perdido pelo caminho, melhor ir preparando um chocolate quente enquanto espero ele, pois sempre é bom conversar comendo ou bebendo algo.

Levanto do sofá, com a intenção de ir até a cozinha, mas nem ao menos consigo adentrar ela porque a campainha toca. Esperando ser o Noah, volto para sala e abro a porta de entrada, ficando confusa ao encontrar a Elisa ao invés do Noah.

—O Noah está no hospital nesse exato momento e estou indo para lá agora, então vem comigo?– ela nem ao menos me deixa responder e me puxa para fora de casa, só me dando tempo de fechar a porta.

—Espera! Como assim ele está no hospital? Ele estava vindo para minha casa.– indago me deixando ser levada até um carro que deduzo ser dos pais dela.

Puta merda, não deveria ter pensado demais sobre a ausência dele!

—Não faço ideia, só sei o nome do hospital em que ele está. Mia só jogou a bomba e desligou!– abro a porta do carro, entrando nele e fechando ela logo em seguida.

—Posso ligar o aquecedor?– pergunto me encolhendo no banco enquanto o carro começa a se locomover.

—Pode, eu nem ao menos te dei tempo para se agasalhar antes de sair te puxando. Quero saber logo o que aconteceu com aquele garoto!– ela indaga e toco em seu ombro, apertando fraco o local antes de começar a ligar o aquecedor.

—Não se preocupe com isso, eu te entendo, e não está tão frio assim!– digo e percebo a vontade de ir ao banheiro começar a me atingir, eu deveria ter ido antes.

—Agora não, mas quando sair do carro irá estar. Mas tem um casaco no banco de trás, pega e veste ele!

Obedeço ela, virando um pouco o meu corpo para poder procurar o casaco, mas acabo me desequilibrando quando ela acelera ainda mais e seguro firme um dos bancos, evitando que eu acerte o meu rosto em algum canto, e assim que eu avisto o casaco preto, agarro ele e me concerto no banco, percebendo que já estamos perto da praça.

—Você está bem?– ela pergunta e visto o casaco que é do meu tamanho.

—Quase bati meu rosto, mas passo bem!– resmungo ouvindo a risada fraca dela e coloco o cinto de segurança, que esqueci no início.—Não sabia que você dirigia!

—Meu pai me ensinou, ele sempre preferiu me ver dirigindo um carro do que minha antiga moto!

—Você tinha uma moto? Eu não sei andar nem de bicicleta, imagina uma moto!

—Sim, mas um pequeno erro meu acabou ocasionando nela explodindo, sinto falta!

—Como é que você conseguiu essa proeza?

—Depois eu te conto essa história, ainda tenho muitas coisas para te falar, mas agora não porque já chegamos!

Olho para frente, notando só agora o estacionamento do hospital e no quanto chegamos rápido. Retiro o cinto de segurança, abrindo a porta do carro e saindo dele, a fechando com cuidado e caminhando ao lado da Elisa.

Meu Vigia Noturno IIOnde histórias criam vida. Descubra agora