EU ODEIO ETHAN HOLT

Acordo indecente

- Você parece péssima. - Lili diz ao sair do banheiro. - Não conseguiu dormir?

Agarro meu travesseiro e respiro fundo o cheiro gostoso do Tae, a lembrança da nossa noite quente invade minha mente e não contenho o sorriso.

- Dormi pouco. - A encaro ir até o armário e pegar um vestido azul-claro cheio de flores brancas pequenas.

- Você foi embora cedo da festa. - Ela me olha com atenção. - Aconteceu alguma coisa?

Sim, eu transei com o Taeyang, sorrio com meu pensamento.

- Não, só estava cansada. - Digo com calma.

Ela volta a atenção a sua roupa e me deixa sozinha com meus pensamentos e ao invés de voltar a pensar no Taeyang e na nossa noite maravilhosa, penso na mensagem que recebi do Ethan no meio do madrugada.
Provavelmente, ele estava bêbado quando a enviou.

- Quais seus planos para hoje? - Lili me tira dos meus pensamentos com um sorriso simples nos lábios.

- Vou a biblioteca estudar um pouco. - Sorrio ao ver sua careta exagerada. - E depois vou passear pelo campus, ver o rio tâmisa, essas coisas. E você?

- Vou ver o Connor.

- Quem? - Franzo a sobrancelha.

- O cara da festa. - Ela sorri. - Ele me convidou para almoçar.

- hum, que cavalheiro. - Sorrio.

- É sim. - Concorda com um sorriso bonito e encara seu celular. - Ele está lá embaixo.

- Divirta-se. - Digo, ela beija minha bochecha e sai.

Me jogo na cama e pego meu celular, encaro a mensagem do Ethan e me seguro para não responde-lo.
Depois de tudo que aconteceu entre nós, ele não merece minha atenção.
Tomo um banho longo, colo meu jeans escuro, uma camisa branca levinha e minhas botas curtas de salto baixo.
Pego minha pequena bolsa de couro preta e deixo meu quarto.
O dia está ensolarado, nem parece que choveu de madrugada, o clima na terra da rainha é insano.
Caminho lentamente, algumas pessoas passam por mim em suas bicicletas e fico tentada a alugar uma também, mas não sou boa com nada que tenha duas rodas.

A biblioteca está pouco movimentada, tirando eu e a bibliotecária, tem apenas oito pessoas e duas delas nem estão estudando, reviro os olhos do casal cheio de amor para dar.

As pessoas deviam respeitar os locais públicos, as pessoas podem vomitar com toda essa demonstração de afeto em público. É nojento.

Ignoro o casal cheio de amor para dar e volto a estudar, mas a voz grossa e já familiar chama minha atenção.

- Taeyang. - O olho surpresa.

- Só Tae. - Ele cruza os braços e encara os livros espalhados pela mesa. - O que está fazendo?

- Estudando. - Digo como se fosse óbvio.

- Mas é domingo. - Ele senta ao meu lado e pega um dos livros. - Você já almoçou?

- Não. - Pego o livro de sua mão.

- Está com fome? - Sua voz é calma e macia.

- Não. - Digo irritada.

- Está brava comigo? - Ele encara meus olhos com atenção.

- Não. - Me levanto e sigo para os corredores, passo o dedo pelos livros.

- Só sabe falar não? - Ele coloca as mãos na estante me deixando encurralada.

- O que você quer que eu fale?! - Crítico. - Você transou comigo e foi embora sem se despedir.