Chego em casa desnorteada, puxo minha amiga para o sofá e conto só te o encontro insano com o pai do Taeyang, não diferente do esperado, ela faz um discurso sobre ele ser um controlador sem coração, depois pergunta se a foto faz jus a sua beleza. Posso estar com raiva daquele homem frio, mas devo admitir que ele é mais bonito que na foto. E, claro, seus olhos são mais frios e hipnotizantes do que nas fotos.
Lili prepara o jantar, quase secamos uma garrafa de vinho, dou um beijo em minha amiga e sigo para minha cama. Adoraria assistir um filme e conversar um pouco mais, só que minha amiga vai ver o Connor.
Sério, por mais que eu tente não consigo entendê-la, ela sempre diz que não gosta dele, que seu jeito carente a irrita, mas não o deixa seguir a vida.
Encaro a tela do celular, tae ainda não entrou em contato comigo, então não posso evitar a depressão.
Coloco um pijama de seda bem levinho e deito na cama, o encontro com o Sr. Choi deixou-me com muita dor de cabeça.
Espero nunca mais ver aquele homem grosseiro e intimidador.- Desde quando dorme antes das dez? - A voz grossa faz-me levantar da cama rapidamente. Taeyang está parando em frente a porta do meu quarto com um sorriso idiota nos lábios, se seu pai não tivesse roubado minha energia, correria até o garota a minha frente e encheria seu belo rosto de socos e tapas. Só assim para ele sentir a dor que sinto em meu peito.
Meus olhos ficam marejados, minha garganta dói e minha respiração torna-se ofegante. Não acredito que estou com vontade de chorar, isso é ridículo, ele só ficou um dia e meio sem dar notícias.
- Lili me deixou entrar...
- Onde você estava seu idiota? - Uma lágrima escorre por minha bochecha, seco ela com as costas da mão. - Eu te liguei e você me ignorou. Estou chateada com você.
- Eu sei. - Vem até mim e me abraça. - Pensei que assim estaria protegida, mas me enganei.
Deito a cabeça seu peito, ele acaricia meus cabelos enquanto choro baixinho, só agora as palavras duras do seu pai faz-me chorar. Até o momento não percebi o quanto o Sr. Choi me feriu com seu comportamento rude e seu pedido cruel.
- Ele apareceu mais cedo, foi extremamente rude e ameaçador e você não estava lá. - Bato em seu peito várias vezes. - Onde você estava?
- Na casa do campo. - Ele umedece os lábios, como sempre faz quando está nervoso. - Com minha mãe e com...
- Yoo-na e sua família. - Não precisa ser adivinha para saber. - Talvez seja melhor ficar com ela.
- Do que está falando?! - Pergunta irritado. - Eu não quero ficar com ela, sequer tenho sentimentos por ela. Não seja... - As palavrasorrem em sua boca, ao invés de iniciar uma discussão, Taeyang acaricia minha cabeça e respira fundo. - O quê meu pai falou pra você?
Lembrar da conversa que tive mas cedo, causa-me enjôos, para ser sincera faz uns dias que estou com esse mal estar, sei que é o estresse. Sei que esse enjôo vai passar, sempre passa.
- Deixa eu adivinhar! - Me solta e começa a caminhar de um lado para o outro. - Ele a ameaçou caso não termine comigo, estou certo?!
Esfrego meus braços, encaro todos os cantos possíveis só para evitar olhar para o Tae.
- Claro que ele fez isso. - Diz irritado. - Ficaria surpreso se não fizesse. Tem mais não tem?
- Sim. - O encaro. - Ele falou que se não terminarmos, ambos sofreremos as consequências.
- Claro! - Tae ri. - Ele me falou algo semelhante. Disse também que vai me tirar tudo, cartões, apartamento, carros e deixar de financiar meus estudos.
- Ele não pode prejudicar seus estudos. - Não escondo minha indignação.
- Não pode e não vai. - Sorri. Não consigo entender como ele pode estar tão calmo diante dessa situação, principalmente relacionado aos estudos. - Esqueceu, não foi?! - Ri. - Meus anos em Oxford foram pagos antes de eu chegar a Londres.
Isso é verdade, Tae ou Lili comentou isso a tempos atrás, não sei como pude esquecer algo dessa magnitude. Esse é o sonho de qualquer jovem que sonha em ter um futuro..
- Isso deixa-me aliviada, mas e seu carro, apartamento e...
- Respira, Madson! - Tae continua com um sorriso maroto nos lábios. - Bom, o apartamento nunca foi ocupado por mim. Perder meus carros vai doer um pouco, mas tenho uma moto comprada com meu dinheiro. E, minha mãe abriu uma conta poupança em meu nome, disse que recebi uma herança generosa da minha avó e da minha tia.
Franzo a sobrancelha, percebendo minha confusão ele explica.
- Meus avós maternos morreram quando minha mãe era nova, sua irmã mais velha a criou e a colocou sob os holofotes coreanos. - Ele faz uma pausa para respirar. - Anos depois, quando minha mãe já era casada, minha tia teve uma doença grave e faleceu. Ambas deixaram-me muito dinheiro. Sabendo o porco egoísta e controlador que meu pai é, mamãe deixou essa conta em segredo. - Sorri. - Fiquei sabendo ontem. Minha mãe quer que eu use esse dinheiro para me reestabelecer, caso meu pai puxe meu tapete.
- Nossa! - Sua história parece ter sido tirada de um filme. - Se as ameaças do seu pai forem verdadeiras, você correria mesmo o risco de perder tudo só para ficar comigo?
- Você vale muito mais que qualquer luxo, Madson. - Seus olhos negros encaram os meus. - O que sinto por você é verdadeiro e vou lutar por isso. - Ele se aproxima, segura minhas mãos gentilmente e beija minha testa. - Me apaixonei por você no primeiro dia em que a vi. - Diz com sinceridade. - Você estava linda com os cabelos molhados e aquela toalha enrolada no corpo, quando me viu ficou enrrubecida e mandou eu sair, lembra?!
- Você mandou eu relaxar, que você não estava olhando. - Sorrio. - Disse que eu não fazia seu tipo ou algo assim.
- Você me tratou com tanto desprezo, logo vi que você era diferente das outras. Depois daquela tarde, você não saiu da minha cabeça. E quando apareceu na festa da minha fraternidade, nossa, eu pensei que era coisa do destino.
Sorrio com sua narração, aquela noite foi incrível, naquele momento em que nos beijamos eu senti que seríamos para sempre.
- Não vou abrir mão da mulher que amo. - Diz com firmeza. - E espero que ela não abra mão de mim, também. Não estou implorando para você ficar, pois as coisas serão difíceis daqui pra frente...
- Não quero perder você. - O Interrompo. - Não quero.
- E não vai. - Balança a cabeça. - Só confia em mim, por favor.
- Eu confio. - Beijo seus lábios com carinho, Tae sorri entre o beijo.
Suas mãos fortes levantam-me do chão, abraço sua cintura com minhas pernas e intensifico nosso beijo. Comigo ainda em seu colo, ele caminha até minha cama e deita em cima de mim. Tomada por desejo ardente me entrego a ele.
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EU ODEIO ETHAN HOLT
RomanceDecidida a esquecer Ethan, a jovem Madson Cooper arruma suas malas e retorna à faculdade de Oxford, de onde desejou nunca ter saído. Com o coração e orgulho ferido, Madson se joga nas festas, faz novos amigos, planeja sua volta ao jornal da faculdad...