O mal filho á casa torna

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Faz uma semana que Tae e eu estamos tendo um caso e está sendo mais fácil do que imaginei, ele vem, quando a Lili não está, transamos, conversamos e às vezes estudamos juntos, depois ele vai para casa.
Tudo está perfeito e leve.
Ao fim da palestra, sigo para a cafeteria mais próxima e compro um café e donuts com calda de chocolate, encaro algumas pessoas conhecidas sentadas na grama e aceno para elas.

Meu celular vibra e o pego na esperança de que seja uma mensagem do Tae, confesso que estou com saudade de ir para cama com ele.

Festa na minha casa hoje

Sorrio ao ler sua mensagem.

Isso é um convite?

Me sento em um banco vazio e aguardo ansiosa por sua resposta.

Você sabe que sim, gata.

Confirmo presença, guardo meu celular no bolso do jeans e caminho rapidamente devoluta ao meu dormitório, preciso lavar o cabelo e escolher uma roupa que deixe o Tae de queixo caído, assim, ele não terá olhos para mais ninguém.
Posso não estar apaixonada por ele, mas o fato de ele sair com outras garotas ou olhá-las comigo ao seu lado me deixa um pouco incomodada.

- Até que enfim chegou. - Lili me abraça e beija minha bochecha. - Como foi a aula?

- Cansativa. - Sorrio animada. - Mas, temos uma festa na casa dos Deltas hoje para compensar o estresse.

- Você vai? - Ela me olha surpresa.

- Sim. - Confirmo com um sorriso largo.

- Sem eu precisar implorar ou fazer chantagem emocional?! Nossa, estou impressionada.

- Não exagerada. - Jogo minha bolsa em cima da cama e tiro meu tênis. - Vou tomar um banho.

- Eu vou encontrar o Connor, mas volto a tempo para irmos juntas.

- A coisa entre vocês está ficando séria. - A encaro animada.

- É por isso que vou vê-lo. - Diz séria. - Vou terminar seja lá o que estiver começando.

- Não precisa fazer isso. - Crítico. - Ele gosta de você.

- Tá aí outro motivo para parar de ficar com o Connor. - Diz com firmeza.

Lili manda um beijo no ar e deixa o quarto.
Não conheço o Connor direito, mas imagino que ele ficará chateado com a decisão da minha amiga.
Depois de um banho longo, seco meu cabelo e os deixo ao natural, sem ondas hoje.
Meu notebook toca, como é chamada de vídeo deduzo que é a Katherine, só ela para me ligar em vídeo em uma sexta à noite.

- Oi Mad. - Ela parece tensa.

- Aconteceu algo? Você e o Cris brigaram?

- Não. Estamos ótimos. - Ela morde o lábio e respira fundo. - Eu tenho uma notícia ruim pra te dar...

- Eu odeio o Connor. - Lili entra no quarto furiosa. - Ele não aceitou bem o término e me insultou na frente de todos...

- Kate, falo com você depois...

- Não espera. Eu preciso conversar com você sobre o Ethan...

- Conversamos depois. - A interrompo. - Eu preciso evitar que a Lili quebre o quarto todo.

Finalizo a chamada antes que a Kate diga algo e corro na direção da Lili, tiro o porta retratos da sua mão a impedindo de joga-lo no chão.

- Calma. - A encaro. - Não precisa quebrar o quarto todo.

- Eu devia ter dado um soco na cara do Connor. - Diz furiosa. - Ele me chamou de vadia sem coração. Acredita?!

Acredito sim, não é a primeira vez que um garoto fala isso da Lili, mas o Connor foi o primeiro a falar isso na cara dela.
Depois de muito insistir para que Lili fosse a festa comigo, ela aceitou e correu se arrumar.
Diferente da última vez, a casa está bem mais cheia e o som está mais alto, Lili não demora a encontrar uma vítima nova e caminho entre a multidão a procura do Tae.
Ele está no canto da sala, uma garota loira tenta beija-lo, mas ele a impede e me encara por alguns segundos, depois diz algo no ouvido da garota loira fazendo-a me olhar com raiva.
Taeyang morde os lábios e vem até mim.

- Oi. - O abraço e vejo a garota revirar os olhos e sair empurrando todos que estão no seu caminho. - Sua amiga ficou brava.

- A Bethany não é minha amiga. - Diz seco.

- Já dormiu com ela? - Digo isso só para irrita-lo.

- Para! - Ele me olha com reprovação. - Você prometeu que não faria isso.

- Ela é boa na cama? - Provoco.

- Madson. - Diz em aviso e sorrio.

- Eu prometo parar se você me arrumar uma bebida.

- Fechado. - Ele sorri. - Eu já volto.

Não demorou para o Tae voltar com minha bebida, Gean tônica, minha bebida preferida.

Discretamente, Tae me abraça pela cintura e mordisca minha orelha, sinto um calafrio percorrer meu corpo e sorrio tímida.
Ele não está tentando me esconder dos outros e isso me deixa bem feliz.

- Podemos ir pro seu quarto? - Pergunto sem rodeios.

- Mais tarde. - Ele sorri. - Quero aproveitar a festa com você.

- Tá bom. - Tomo todo o líquido quente e entrego o copo vazio para o Tae.

- Você é muito folgada. - Ele resmunga, mas vai buscar outra bebida para mim.

Uma música eletrônica começa a tocar e Lili me puxa para dançar, é impressionante seu poder de aparecer do nada.
Ela segura minha cintura e balançamos ao ritmo da música, estou tão envolvida que não percebo o garoto se aproximar da gente, até ele pegar minha mão e me puxar para o seu corpo forte e quente.
Esse perfume. Porra. Eu conheço esse perfume.
Isso não pode estar acontecendo.
Ele não devia estar aqui.

- Ethan?! - O olho assustada. - O que faz aqui?

- Eu fui transferido para cá. - Ele sorri com malícia e me abraça com força. - Senti sua falta Madson Cooper. - Sinto o forte hálito de bebida.

- Me solta! - O empurro.

- Qual o problema? - Lili nos olha confusa.

- Ela não contou? - Um sorriso malicioso cresce em seus lábios.

- Contou o quê? - Ela olha do Ethan para mim.

- Que nós...
- Cala a boca. - Grito e empurro seu peito, mas ele não se move.

- Está tudo bem? - Tae se junta a nós e me abraça pela cintura. - Aqui. - Ele me entrega a bebida. - Esse merda está incomodando vocês?

- Não. - Encaro o Ethan. - Ele já está de saída.

- Estou?! - Ele ri. - Mas, eu acabei de chegar.

- Contou o quê? - Lili insiste.

- Nada Lili. - Minha voz sai trêmula e meu coração acelera.

- O motivo de ela ter fugido de casa no meio da madrugada...

- Cala a boca. - Minha garganta arde.

- Sem se despedir de ninguém. - Ele me encara com raiva. - Sem se despedir de mim.

- Você está bêbado Ethan. - O olho com reprovação. - Então cala a porra da boca.

- Por quê? - Ele ri. - Está com medo de que eu conte para sua amiga e seu namorado que nós transamos?!

- Cala a boca! - Grito.

- Mad...

- Agora não. - Encaro o Tae. - Pode me levar para casa?

Ele me olha sério, é nítido que está furioso, tenho medo de que isso estrague nossa amizade.

- Tae, por favor. - Insisto.

- Se você não levá-la para casa, eu levo. - Ethan provoca.

- Vamos logo. - Ele segura minha mão com firmeza. - Antes que eu quebre a cara desse merda.

- Vai ficar bem sozinha? - Encaro a Lili, ela apenas acena com a cabeça e saio.

No caminho de volta para casa fiquei em silêncio, mas não por escolha minha, e sim do Tae.
Ele parece irritado e decepcionado comigo.
Ele estaciona na frente do prédio do meu dormitório e destrava a porta.

- Você quer subir e...

- Boa noite Madson. - Diz seco.

- Está bravo? - Mordo o lábio.

- Boa noite. - Ele se inclina e abre minha porta.

Deixo seu carro e o vejo sair em alta velocidade.
Eu vou matar o Ethan.

EU ODEIO ETHAN HOLTOnde histórias criam vida. Descubra agora