quatorze

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PHILIPPE

— E a sua namoradinha? — Minha mãe perguntou, fazendo carinho em meus cabelos.

Uma das minhas partes favoritas em tirar férias ela aquela. Ficávamos no sofá, assistindo qualquer bobeira na TV e eu deitava a minha cabeça em seu colo, recebendo carinho até pegar no sono.

— Que namoradinha?

— Aquela que você fica conversando no celular, sorrindo igual um bobo. — Disse e eu ri.

— Não é ninguém, mãe. — Falo.

— Não mente pra mim, Philippe! — Falou e eu fiz bico.

— Vai ficar brava comigo se eu disser que sou um grande mentiroso? — Pergunto.

— Vou, não te criei para ser um.

— Acho que me tornei um mesmo assim. — Falo, sentindo ela me dar um tapa na cabeça. — Ai, mãe. — Murmuro.

*

Balanço a chave do carro em meus dedos e olho para a casa, esperando Natalya sair da mesma. Minha mãe havia pedido que eu passasse na casa dela e a levasse para a nossa, pois elas precisavam botar o papo em dia.

Não era tão longe assim para eu a levar de carro, mas mesmo assim eu passei lá depois que voltei do campinho com os meus amigos. Não me custaria nada.

— Philippe? — Ouço e olho para o lado, vendo Nayara.

— E aí! — Sorrio e ela ri, se aproximando e me cumprimentando com beijos na bochecha.

— Quanto tempo! — Falou. — O que está fazendo aqui em casa? Veio me procurar? — Sorriu.

— Na verdade, estou esperando a sua irmã. — Digo e olho para a casa.

— A Natalya? O que quer com ela?

— Ela vai lá em casa. — Respondo. — Ela e a minha mãe se dão muito bem.

— Entendi. — Falou. — Vai fazer alguma coisa hoje a noite? — Perguntou, me olhando de cima a baixo.

— Nossa, Nayara, já está atacando mais um? — Escuto e olho para a frente da casa, vendo Natalya se aproximar. — Não consegue ficar sozinha não?

— Não. Diferente de você, não gosto da ideia de ficar pra titia. — Nayara respondeu.

— E então sai atirando para todos os lados, não é? — Natalya perguntou, dando um sorrisinho forçado.

Inclinei a minha cabeça para o lado, olhando para ela. Usava um vestidinho de alça, solto, branco e com florzinhas rosa bebê.

Fofa.

— Não é, Philippe?! — Nayara perguntou e eu olhei perdido para ela.

— Não sei, não ouvi o que disse. — Digo. Escutei uma risadinha baixa de Natalya e a olhei novamente. — Podemos ir?

— Sim. Desculpa pela demora. — Pediu rápido.

Dou de ombros e ela dá a volta no carro, entrando do outro lado.

Twitter ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora