trinta e dois

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PHILIPPE

Natalya comentava sobre o filme que passava na TV, contando tudo o que ela sabia sobre o que tinha por trás.

Ela era muito atraente, e parecia muito mais quando falava sobre algo que gostava.

— Por que você não trabalha com algo relacionado a cinema? — Pergunto e ela me olha. — Você parece gostar.

— Eu gosto. — Confirmou. — Mas eu não tenho nenhuma formação nessa área.

— E por que não procura ter?

— Não sei. — Murmurou e voltou a atenção para a TV. — Talvez seja tarde já.

— Nunca é tarde pra fazer o que gosta. — Digo e coloco uma mecha de cabelo dela atrás de sua orelha, tendo uma visão melhor do rosto da mesma. — Acho que você deveria tentar.

— Posso pensar sobre isso. — Disse e me olhou novamente.

Dei um meio sorriso, fazendo carinho na bochecha dela.

— Está tudo bem entre a gente? — Pergunto meio receoso e ela me encara sem responder. — Te expliquei o que aconteceu. Também te disse que gosto de você... você não gosta de mim?

— Eu não gosto de me decepcionar. — Respondeu baixo. — E eu não quero me relacionar com alguém que me decepciona.

— O que quer dizer? — Pergunto, esperando que eu tivesse entendido errado a fala dela.

— Philippe... — Sussurrou. — Você é tão bonito. É um cara legal, inteligente, famoso e várias outras coisas boas. Deve ter um monte de mulheres como a Nayara querendo ficar com você, por que querer algo comigo? Depois você vai encontrar alguém melhor e então vai me deixar pra lá.

A encarei com as sobrancelhas levantadas, me perguntando quem que havia colocado toda aquela baboseira de que qualquer outra pessoa era melhor do que ela na cabeça dela.

Respirei fundo e me ajeitei no sofá, segurando o rosto dela com as duas mãos e fazendo ela me olhar nos olhos.

— Para de ficar se diminuindo. — Falo sério. — Você é linda, atraente, inteligente e tem mais um monte de qualidade. Quero ficar com você, porque eu gosto de você. Te acho a mulher mais incrível desse mundo, não trocaria você por nenhuma outra pessoa.

Ela me encarou por mais alguns segundos e depois desviou o olhar.

— E eu não vou decepcionar você! — Afirmo. — Te expliquei tudo o que aconteceu e já te pedi milhões de desculpas. Por que não acredita em mim?

Natalya continuou quieta.

— Você gosta de mim. — Sussurro, encontrando com o olhar dela outra vez. — Eu sei que gosta.

— Credo, convencido. — Falou brincando, mas logo ficou séria.

— Por que não diz pra mim? — Pergunto, aproximando nossos rostos e misturando as respirações. — Hm?

Ela levantou um pouco o rosto e fechou os olhos, roçando de leve nossos lábios.

— Benzinho... — Sussurro, sentindo ela sorrir.

— Eu gosto quando você me chama assim. — Falou baixo. — Gosto de você, Philippe, mas...

— Sem "mas". — A interrompo, juntando nossos lábios e iniciando um beijo antes que ela estragasse o que havia acabado de dizer.

Ela gostava de mim. Ponto.

*
NATALYA

Olho para Philippe, que dormia tranquilamente ao meu lado.

Suas pernas estavam enroscadas nas minhas, e depois de um tempo fazendo carinho no meu pé, ele dormiu. Achava fofo o fato dele ter reparado naquela minha mania e ter começado a fazer em mim sempre que estávamos juntos.

Eu gostava.

Gostava de muitas coisas nele, mas não conseguia parar de pensar em quando ele fosse embora e então tudo acabasse.

Iria doer.

*

— Naty? — Ouço baixo e sinto alguém me balançar.

Me mexi na cama, me espreguiçando e logo encontrando uma outra posição para continuar a dormir.

— Tá na hora de acordar, benzinho. — Philippe falou e eu formei um biquinho.

Amava aquele apelido.

— Se você me chamar de benzinho outra vez, eu te peço em casamento. — Falo sonolenta.

— Benzinho. — Ele disse rapidamente e eu ri, abrindo os olhos e piscando por conta da claridade. Olhei para Philippe em seguida, que estava sentado ao meu lado. — Sim, eu aceito casar com você.

— Eu nem pedi.

— Não precisamos perder tempo com isso, já dei a minha resposta. — Falou e eu ri outra vez. — Bom dia. — Sorriu.

— Bom dia. — Murmuro e levo minha mão até o seu rosto, fazendo carinho no mesmo.

— Fiz café da manhã pra gente e nem queimei os pães. — Contou orgulhoso e eu ri.

— Parabéns, já é um homenzinho. — Digo, o fazendo rir. Me sentei e passei a mão pelo meu cabelo, o ajeitando. — Vou escovar os dentes e já volto.

— A escova nova em cima da pia é sua. — Avisou.

— Está bem, obrigada. — Falo e me levanto, ajeitando a minha roupa e indo para o banheiro.

Não demorei para fazer as minhas higienes. Logo depois de ter feito tudo e arrumado o meu cabelo, voltei para o quarto, encontrando Philippe.

— Voltei. — Digo e me sento ao lado dele na cama.

— Ótimo! — Falou e segurou em meu rosto, me beijando.

Fiquei surpresa pelo movimento repentino, mas logo retribuí o beijo, que Philippe terminou um tempo depois com alguns selinhos.

— Agora sim. Bom dia. — Disse e eu sorri, mordendo o lábio em seguida.

— Bom dia, benzinho. — Sussurro.

**
esse capítulo saiu uma merda, credo
mas é isso aí
eh nós

Twitter ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora