cinquenta

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NATALYA

Organizo mais uma vez os brinquedos na salinha da diversão, como dizia Philippe.

Lavínia e Lucca iriam passar quinze dias com nós dois e eu estava um poço de ansiedade, arrumando o quarto onde os dois dormiriam e os brinquedos que eu havia comprado para os mesmos.

Havia pensado em tudo. Queria que eles se sentissem em casa, até porque ali seria a casa deles, depois de todo aquele processo.

Tinha certeza que Philippe e eu conseguiríamos a guarda deles dois. Estava bastante confiante.

— Meu amor, você já não arrumou isso aí? — Philippe perguntou, passando os braços pela minha cintura e deixando um beijo em meu ombro.

— Só estava dando mais uma organizada. — Digo. — Você acha que assim está bom ou...

— Está ótimo. — Ele me interrompeu e eu ri, me virando para ele e apoiando meus braços em seus ombros. — Tem que controlar um pouquinho essa ansiedade, meu bem. — Sussurrou e fez carinho no meu rosto.

— Vou tentar. — Falo e recebo um beijinho na ponta do nariz.

Selei de leve nossos lábios, iniciando um beijo. Minhas mãos foram até a nuca de Philippe e as dele apertaram a minha cintura, juntando mais nossos corpos.

Ouvi a campainha tocar e nos separei com selinhos.

— As crianças chegaram! — Sorrio e o puxo para fora do quarto, ouvindo a risada de Philippe.

*

Lavínia e Lucca brincavam e riam animados, o que me fazia sorrir como boba.

Eles haviam ficado completamente a vontade na casa. Philippe e eu mostramos tudo para eles, que adoraram, principalmente a piscina.

Prometi que entraríamos no dia seguinte.

— Eles são tão fofos. — Philippe falou ao meu lado e eu o olhei. — Dá vontade de morder as bochechas.

— Espero que você não faça isso. — Digo.

— Dá vontade. — Repetiu e eu ri.

Agarrei o braço dele, me abraçando no mesmo e olhando para as crianças.

— Será que se subornarmos os responsáveis pelo processo conseguimos a guarda mais rápido? — Pergunto baixo.

— Você sabe que isso é crime, não sabe, benzinho? — Perguntou rindo.

— Só é crime se eles não aceitarem. — Digo e Philippe ri outra vez. — Podíamos...

— Natalya, nós não vamos subornar ninguém. — Me interrompeu. — Você está meio doidinha hoje, o que tomou?

— Foi só uma ideia. — Dou de ombros e ele ri novamente, me dando um selinho.

— Tio. — Ouvimos e olhamos para baixo, vendo Lucca. Ele dava tapinhas na perna de Philippe.

— Oi, meu menininho. — Philippe falou, se agachando.

— Vamos brincar de bola? — Chamou e apontou para o brinquedo.

— Eu também quero! — Lavínia falou, se levantando do lugar onde estava e correndo até Philippe.

Twitter ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora