trinta e nove

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NATALYA

Philippe me mostrava outro ponto turístico, contando o que havia acontecido ali, o significado e porque era algo importante para a cidade a ponto de ter virado um ponto turístico.

— Como você sabe de tudo isso? — Pergunto, parando de andar e me virando para ele, que estava com as mãos nos bolsos da calça.

— Eu pesquisei pra te falar. — Respondeu.

— Sério? — Pergunto rindo e ele confirma com a cabeça. — Uau, obrigada! Eu não sabia de nada dessas coisas, é bem interessante.

— Já te mostrei os principais, podemos continuar amanhã para você não ficar tão cansada. — Falou e eu concordei com a cabeça. — Tenho só mais um lugar pra te mostrar hoje.

— Que lugar?

Philippe ignorou a minha pergunta, segurando em minha mão e entrelaçando nossos dedos, me puxando na direção do carro.

Senti o famoso choquinho e olhei para nossas mãos.

Será que ele sentia também?

[...]

— Ah, um parque! — Falo ao chegarmos e ele ri, confirmando com a cabeça.

— Como você adorava ficar no parque de lá, achei que gostaria de ter um aqui também. — Disse e segurou na minha mão outra vez. — Tenho uma árvore!

Eu ri, o seguindo até a árvore do mesmo. O parque era enorme e lindo. Em alguns lugares tinham bancos e mesas de madeiras, para quem quisesse, mas o que mais se via era toalhas de piquenique no chão.

— Podíamos fazer um piquenique! — Falo para Philippe.

— Claro, mas não hoje. — Disse. — Estamos despreparos.

Concordei com a cabeça.

Continuamos a caminhar, até chegar em uma árvore e Philippe parar, apontando para a mesma.

— Minha árvore. — Falou e eu sorri.

— É bonita. — Digo e me aproximo. — Você fez sua letra?

— Claro. — Disse e se aproximou, mostrando P marcado na casca da árvore. — Se você quiser, podemos marcar a sua também.

— Eu não deveria procurar uma pra mim? — Pergunto, me virando para ele, que estava próximo a mim.

— Não. Você dividiu a sua comigo quando eu fui lá, estou retribuindo o favor. — Falou e remexeu no bolso, pegando a chave do carro dele.

— Tá, mas eu não vou ficar tão pouco tempo como você. — Digo e ele ignora, passando por mim e indo até a árvore, passando a chave na mesma. — O que está fazendo?

— Uma coisa. — Respondeu e eu revirei os olhos. — Pronto. — Disse e se afastou sorrindo. — Agora é nossa.

Olhei para o local que ele apontava, vendo a letra N marcada ao lado do P, sendo separadas com um sinal de "+".

P+N.

— Faltou só um coração ao redor para ser igual aquelas coisas de filme. — Falo.

— Eu não sei fazer coração, ficarei devendo. — Disse e eu ri.

— Não precisa. — Digo. — Obrigada por dividir sua árvore comigo. Uma das coisas que eu senti mais saudades foi de quando ficávamos no parque de lá fazendo absolutamente nada.

— Podemos fazer a mesma coisa aqui. — Falou, me fazendo sorrir.

— Eu adoraria.

*

Ouço batidas na porta do quarto e desvio a atenção do espelho. Caminhei até a mesma e abri, encontrando Philippe.

— Você já tava deitada? — Perguntou.

— Não, eu estava passando a escova no cabelo. — Falo, mostrando o objeto na minha mão. — Aconteceu alguma coisa?

— Não, eu só vim dar boa noite. — Falou e se encostou no batente da porta, cruzando os braços. — Espero que tenha gostado do passeio.

— Eu adorei. — Sorrio. — Obrigada por ter me apresentado um pouco da cidade e ter me contado todas aquelas coisas interessantes. Foi incrível.

— De nada. — Sorriu. — Vou te levar a alguns outros lugares amanhã, então acorda cedo.

— Eu não prometo nada. — Aviso e ele ri.

— Venho te acordar então. — Disse.

— Como você é chato. — Falo, fazendo ele sorrir.

— Só um pouco. — Falou. — Boa noite, tá? — Sussurrou.

— Boa noite. — Digo e deixo um beijo em sua bochecha. — Se tiver pesadelo pode vir dormir comigo. — Brinco, ouvindo a risada de Philippe após o comentário.

— Sinto que terei pesadelos essa noite. — Disse e eu ri.

— Cai fora do meu quarto. — Digo o empurrando.

— Volto daqui a pouco. — Falou.

— Deixarei a porta trancada. — Falo.

— Vou bater até você abrir.

— Vai virar a noite no corredor então. — Retruco.

— Duvido que faria isso. — Disse e eu sorri, levantando as sobrancelhas. — Boa noite, meu amor. — Falou e jogou beijos.

Rio e mostro a língua, fechando a porta em seguida e me encostando na mesma, sorrindo como uma boba.

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🤪

Twitter ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora