Twitter ━━ Philippe Coutinho

cinquenta e um

NATALYA

Cruzo os pernas e apoio a revista na mesma, folheando ela e observando sem nenhum interesse real os vestidos de noiva ali.

— Eu gostei desse aí. — Ouço próximo ao meu ouvido e pulo de susto. Philippe riu.

— Philippe, eu já disse que odeio quando você chega assim. — Resmungo. — Não tem graça nenhuma ficar assustando os outros.

— Tem um pouquinho de graça. — Falou e eu revirei os olhos, mantendo a atenção em minha revista.

Ele deixou um beijo em meu pescoço e deu a volta no sofá, se sentando ao meu lado.

— Desculpa. — Pediu e eu ignorei, mantendo a atenção na revista. — Já está escolhendo o seu vestido? — Perguntou, apoiando a cabeça em meu ombro.

— Não, só estou passando o tempo. — Respondo.

— Está bravinha?

— Eu não gosto quando você me assusta. — Digo e ele ri. — Amor, é sério.

— Sei que é. Desculpa, não vou fazer mais. — Falou e deu outro beijinho em meu pescoço. — Tá bom?

— Tá bom. — Murmuro.

Continuei a folhear a revista, agora com Philippe ao meu lado.

— Esse é bonito. — Disse.

— Você acha?

— Sim. O decote ia ficar ótimo em você. — Opinou e eu sorri.

— Então eu devo escolher um vestido decotado? — Pergunto.

— Uhum. — Murmurou. — Benzinho, quando vamos escolher as roupas? — Perguntou e escorregou até o meu colo, se deitando ali.

Entreguei minha mão para ele, sabendo que ele brincaria com ela. Já era uma mania, toda vez que ele deitava com a cabeça em meu colo, pegava em minha mão para brincar com a mesma.

— Não combinamos de ser no Brasil? — Pergunto.

— Quero logo. — Falou. — Está me enrolando para casar, Nat com y? — Perguntou sério e eu ri.

— Claro que não, benzinho. — Sussurro, deixando a revista de lado. — Já disse que não vejo a hora de casar com você. Imagina poder falar "meu marido"? Muito chique!

Ele riu.

— Minha mulher. — Falou e deu um beijo em minha mão.

Sorrio boba.

*
dias depois

Ajeito a gravata de Philippe, que fazia carinho em minha cintura, que estava a mostra.

— Por que ainda está de lingerie? — Perguntou baixo.

— Porque você me interrompeu todas as vezes para te ajudar com esse terno. — Respondo.

— Ai. — Falou e eu ri. — Eu não sou bom com gravatas.