trinta e um

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NATALYA

— Não. — Respondo e dou meia volta, caminhando para a saída da casa.

— Será que vou ter que te amarrar em uma cadeira para você me escutar? — Resmungou Philippe, me alcançando e segurando em meu braço.

— Capaz de mesmo assim eu dar um jeito de não te ouvir. — Falo e dou um sorrisinho falso. — Eu não acredito que você fez a sua mãe participar disso.

— Na verdade a ideia foi dela. — Falou.

— Eu não acredito que ela fez isso comigo. — Digo.

— Parece até que eu sou a pior pessoa do mundo. — Disse e me puxou para mais perto, colocando as mãos em minha cintura. — Ela só queria me ajudar, não fica brava com ela.

— Nunca ficaria brava com a sua mãe, ela é um amor. — Falo. — Me admira você ter saído dela. — Completo, segurando nos pulsos dele para que o mesmo me soltasse, mas as mãos dele apertou mais a minha cintura.

— Naty, deixa eu explicar direitinho, vai. — Pediu baixo e aproximou o rosto. Afastei o meu. — Se mesmo assim você me quiser longe, eu paro te de encher o saco. — Sussurrou.

Encarei o rosto dele e bufei.

— Me solta. — Peço e ele se afasta. — Obrigada. Vou comer, estou com fome. — Digo e desvio dele, indo para a cozinha.

— Eu que fiz tudo! — Falou e eu parei no meio do caminho, me virando para ele.

— Legal, agora eu estou com medo de comer. — Falo e ele me olha com tédio, passando por mim e me puxando para a mesa.

— Eu sou um ótimo cozinheiro, tá? — Falou e eu tive que segurar o riso.

[...]

Corto um pedaço do pudim e coloco o mesmo em meu pratinho de sobremesa, me ajeitando na cadeira em seguida. Philippe cortou o dele e fez o mesmo que eu.

— Adoro pudim. — Murmuro.

— Eu sei. — Falou. — Não é minha sobremesa favorita, mas gosto um pouquinho.

Não respondi, mantendo atenção na sobremesa.

— Podemos conversar agora? — Perguntou e eu o olhei. — Posso me explicar?

— Você não vai deixar eu ir embora daqui sem antes encher os meus ouvidos, não é? — Pergunto.

— É. — Respondeu. Eu bufei. — Eu conversava com uma mulher na internet, lembra? A minha mãe falava que era a minha "namoradinha".

— Lembro. — Falo.

— Ela pediu para me encontrar. Eu já havia dado um bolo nela uma vez e não queria perder outra oportunidade de a conhecer, então logo eu marquei um encontro. — Falou. — Só que eu também marquei um encontro com você.

— Philippe, isso não está aliviando a raiva que estou de você. — O aviso. — Está aumentando.

— Mas eu preciso falar disso para você entender. — Disse. Dei de ombros, voltando a olhar para o meu pudim e levando um pedaço até a minha boca. — Voltando...

— Você estava combinando de sair comigo e com outra? Você não tem vergonha nessa cara não? — Pergunto.

— Natalya! — Resmungou. — Deixa eu falar.

— Tá.

— Eu tinha que conhecer ela, só isso. Eu marquei com você porque gosto de você e queria que tivéssemos um encontro decente. — Falou. — O problema é que eu fui burro e marquei os dois para o mesmo dia, daí fiquei ansioso para conhecer a do Twitter e acabei esquecendo do nosso.

— Uau, agora eu super te entendo. — Ironizo.

— Quando eu cheguei lá, era a Nayara. — Continuou e eu o olhei. — Por isso que eu estava com ela aquele dia, mas não aconteceu nada.

— Como assim a Nayara?

— É, ela que era a mulher com quem eu conversava. — Disse. — Fiquei surpreso quando vi.

— Você gosta dela?

— Da Nayara? Não! — Falou. — Parece um carrapato de tanto que gruda. — Resmungou e eu ri.

— Bem feito. — Falo.

— Sei que aquele dia no parque ela insinuou que nós tivemos alguma coisa, mas não é verdade. — Disse e arrastou a cadeira para o meu lado. — Eu só estava com você, e continuaria só com você, mas aí você começou a me odiar.

— Eu não odeio você, é que... — Suspiro. — Todos os caras que eu me envolvi, a maioria pelo menos, me trocou pela Nayara. Achei que você tivesse feito o mesmo.

— Não fiz, nunca faria isso. — Falou rapidamente. — Gosto de você, me perdoa por ter estragado tudo. — Pediu baixo.

— Gosta de mim?

— É, gosto muito de você. — Sussurrou. — Não demonstrei direito esses dias, mas eu gosto. Você vai me desculpar?

— Eu vou comer mais pudim. — Digo e desvio dele, me esticando para pegar mais um pouco da sobremesa.

— Natalya! — Falou e eu ri, o ignorando.

**
eu amo eles
🥺

eu penso q o philippe só foi cuzão por não ter ido ao encontro, o resto foi apenas falta de conversa (oq eu n julgo pq se eu fosse a naty tb n iria querer conversar). tudo culpa da nayara.
parem de ter raiva do meu bichin 😠

Twitter ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora