quarenta e sete

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NATALYA
meses depois

Olho para o meu anel, o rodando em meu dedo devagar e mordiscando o cantinho do meu lábio inferior.

— Um beijo pelos seus pensamentos. — Philippe falou e eu levantei a cabeça, vendo ele se aproximar da cama e se sentar ao meu lado.

Fiz bico para o beijo e ele riu, me dando um selinho demorado.

— Eu estava pensando sobre nós. — Conto, voltando a atenção para o meu anel.

— Se arrependeu de ter aceitado meu pedido? — Perguntou.

— Nunca! — Falo rápido. — Não é nada disso, eu só estava lembrando como chegamos até aqui. Não imaginava isso.

— Casar comigo?

— Sim. Se alguém me dissesse, anos atrás, que nós iríamos nos casar, eu mandaria aquela pessoa a merda. — Digo e Philippe ri.

— Que bom que isso mudou. — Sussurrou e segurou em minha mão, fazendo carinho na mesma. — Eu não vejo a hora de casar com você e formarmos a nossa família.

Sorrio e seguro na nuca dele, fazendo carinho ali e o puxando para um beijo.

— Benzinho... — Falo ao nos separar e deixo um selinho em seus lábios. — Falando em formar família, eu queria conversar sobre aquele assunto de filhos que deixamos para depois.

— Está bem. — Disse e se deitou, colocando a cabeça em meu colo. — O que tem a dizer? — Perguntou e pegou em minha mão, brincando com a mesma.

— O que acha de adotarmos? — Pergunto baixo e coloco a mão no cabelo dele, brincando com um cachinho. — Tem um monte de criança querendo um lar, por que não damos um para alguma?

— É isso que você quer? — Perguntou e me olhou.

— Sim, mas eu quero que você opine também. — Digo. — Se você não quiser, nós podemos tentar engravidar.

— Quero o que você quiser, meu amor. — Disse e entrelaçou nossos dedos. — Podemos adotar, podemos fazer, podemos tudo o que quiser. — Falou e se levantou um pouco, juntando nossos lábios outra vez.

— Você me mima muito. — Sussurro no meio do beijo.

— Isso é ruim?

— Não, eu adoro. — Sorrio e ele ri, nos separando. — Mas é sério, meu bem, o que você acha?

— Acho uma ótima ideia adotarmos. — Falou sério. — Está certa no que disse, podemos dar um lar e amor para alguma dessas crianças.

— Vamos adotar então? — Pergunto e ele confirma com a cabeça. Solto um gritinho de animação e seguro no rosto dele, o enchendo de beijos.

Philippe riu, segurando em minha nuca e iniciando um beijo.

*
dias depois

— Estou tão animada! — Falo, batucando meus dedos em minhas coxas, cobertas pela minha calça.

— Deu pra perceber. — Philippe riu.

Se eu não estava enganada, aquela era a terceira vez que eu dizia o quão animada estava. Philippe e eu íamos a caminho do orfanato, para tirarmos qualquer dúvida que ainda tínhamos e vermos as crianças.

— Meu Deus, Philippe! — Falo alto e vejo meu noivo pular de susto.

— Você vai acabar nos matando se fizer isso de novo. — Disse e desviou o olhar do volante por alguns segundos.

Twitter ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora