NATALYA
Eu estava tremendo.
O avião pousava e eu apertava uma mão na outra, enquanto esperava ansiosa pelo momento de pisar em Barcelona.
Sentia um enorme frio na barriga ao pensar que começaria algo novo naquele lugar. Era um misto de ansiedade, felicidade, medo e uma coragem que nunca havia sentido antes.
Tinha certeza que estava pronta para aquilo.
Era tão bom finalmente saber o que eu queria fazer. O que eu queria pra mim. E eu queria estar ali.
Recebemos o aviso de que havíamos pousado e eu apertei mais as minhas mãos.
Fiquei ainda mais nervosa.
Eu não via a hora de ver ele. Sabia que ambos tínhamos mudados durante esse tempo sem nos vermos e nos falarmos, mas eu também tinha certeza que sentiria como uma descarga elétrica passeando em meu corpo assim que eu apenas olhasse para ele, como antes.
Como quando ficávamos no parque e ele deitava no meu colo, brincando com a minha mão enquanto falávamos coisas idiotas um para o outro.
Quando ele me olhava daquele jeitinho único dele e depois me beijava na maneira mais delicada possível.
Que saudades que eu estava dele. De tudo o que tivemos e de todas as sensações que ele me causou durante o tempo que nos envolvemos.
Eu queria estar ali. Queria estar em Barcelona, queria fazer a faculdade com qual sonhava, queria aproveitar tudo o que a vida tinha a me proporcionar naquele novo lugar e queria que ele estivesse comigo.
Eu caminhava automaticamente para o meu portão de desembarque, encontrando algumas pessoas assim que entrei no aeroporto.
Procurei por Philippe, não o encontrando ali. Caminhei mais um pouco, me afastando das pessoas aglomeradas.
Voltei a olhar ao redor, ainda não vendo ele ali.
— Eu não acredito que... — Murmuro.
— Olá, Nat com y. — Ouço atrás de mim, próximo ao meu pescoço, e sinto todo o meu corpo arrepiar.
Me virei, encontrando um Philippe sorridente me encarando. Ele estendeu uma única rosa que segurava em minha direção e eu ri, aceitando o presente.
— Olá, P alguma coisa. — Falo e passo meus braços pelo pescoço dele, o abraçando.
Philippe retribuiu, colocando os braços ao redor da minha cintura e me apertando contra ele.
— Senti saudades. — Falamos ao mesmo tempo.
Eu sorri, sentindo borboletinhas em meu estômago.
*
Philippe contava como estava indo na carreira de jogador e eu o olhava, analisando todo o rosto dele. Não o ouvia direito, estava completamente perdida em cada detalhe do mesmo.
— E você?! — Ele perguntou de repente e eu pisquei algumas vezes, me ajeitando na cadeira.
— Eu?
— Sim. Como está se sentindo? — Perguntou e eu sorri.
— Muito bem! — Respondo. — É muito empolgante isso tudo, estou bem ansiosa para ver o que Barcelona está guardando para mim.
— Tomara que seja eu. — Falou e tomou um gole do suco dele.
Eu ri, inclinando a cabeça para o lado e o olhando.
— Tomara. — Concordo e Philippe sorri.
— Como os seus pais reagiram a essa mudança?
— Eles ficaram tristes pela distância, claro, mas super me apoiaram. Eles sempre fizeram isso, o que faltava era um empurrãozinho meu mesmo, de meter a cara e tentar. — Falo. — Pediram para que eu não demorasse para voltar.
— E a Nayara?
— Arrumou um outro namorado. — Conto. — Não sei por onde anda direito, ela não gosta nem de chegar perto de mim. — Rio.
— Minha mãe me contou que você bateu nela. — Disse rindo.
— Foi bem legal, aliás. — Falo, também rindo.
— Imagino que sim. — Falou. — Falando na minha mãe, como foi que ela reagiu a sua mudança? — Perguntou segurando o riso.
— Foi mais difícil me despedir dela do que dos meus pais, sério. — Rio. — Ela chorou, dizendo que sentiria saudades das nossas tardes de fofocas e café, mas entendia que um dia todos criavam asas mesmo.
Philippe riu.
— Você é a filha que ela não teve.
— É uma honra. Amo ela demais. — Falo sincera. — Agora chega de tanta conversa. Cadê? Você não vai me apresentar Barcelona? — Pergunto, batendo de leve na mesa da lanchonete que estávamos, próxima ao aeroporto
— Agora? — Riu. — Achei que iria querer descansar da viagem.
— Que nada! — Digo e me levanto. — Vamos, estou animada!
— Não quer nem ir em casa tomar um banho? — Perguntou.
— Estou fedida, Philippe?! — Ele levantou as sobrancelhas, levando o copo de suco até a boca. — Seu ridículo!
— É brincadeira! — Riu.
— Agora eu não acredito mais. — Resmungo, fazendo ele rir mais. — Depois de eu tomar um banho, você pode me mostrar a cidade?
— Posso. — Respondeu e se levantou.
Eu esperei ele ir pagar nossos sucos e em pouco tempo ele já estava de volta.
— Vamos? — Chamou.
— Sim!
— Você vai adorar a minha casa. — Falou e passou o braço por meu pescoço, começando a andar.
— Sabe que vai ser só uns dias, não sabe? Até o meu lugar ficar pronto. — Digo e seguro na mão dele, que estava pendurada em meu ombro.
— Você vai gostar tanto que não vai nem querer ir para esse lugar aí. — Afirmou e eu ri.
— É mesmo? O que tem de tão especial na sua casa? — Pergunto o olhando.
— O dono, é óbvio. — Disse e eu soltei uma gargalhada.
— Tenho que concordar. — Digo baixo e ele me olha, sorrindo.
Como conseguia ser tão lindo?
Eu sorri de volta, dando um beijo rápido na bochecha dele.
**
eles.
🥺
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Twitter ━━ Philippe Coutinho
Fanfiction✿*:・゚ ㅤ Buscando fugir de todo o hate que estava sofrendo na Internet, Philippe Coutinho tomou a decisão de se afastar das redes sociais e evitar ler comentários sobre sua má fase no Barcelona. "Veja o que está acontecendo no mundo neste momento."...