NATALYA
p_algumacoisa
eu sei que você deve estar bastante brava comigo, e eu não te julgo por isso, só queria me explicarnatcomy
te falei várias vezes sobre o quão insegura eu me sentia em te encontrar. você continuou insistindo e eu me esforcei para deixar a tal insegurança de lado e ir me encontrar com você...e então você não foi.
não faço a mínima ideia de qual será a sua explicação/desculpa por ter me deixado plantada naquele restaurante como uma idiota, mas eu tenho certeza que você teve a oportunidade de pelo menos me avisar que não poderia ir.
só não quis mesmo.
*
semanas depoisO raio de Sol que conseguia passar pela fresta de um amontoado de folhas da árvore atingia o meu pé, o esquentando mais do que eu gostaria.
Encolhi as pernas e ajeitei o livro nas mesmas, mantendo-me concentrada.
— Sempre que eu quiser te encontrar eu vou vim aqui. — Ouço e levanto a cabeça, olhando para o lado e vendo Philippe se aproximar de onde eu estava deitada. — Já virou o seu cantinho.
— A muito tempo. — Digo e volto a atenção para o livro.
Senti ele se sentar ao meu lado.
— O que está lendo? — Perguntou e encostou a cabeça em meu ombro, lendo do livro.
— Fantasia. — Respondo. — Sempre bom fugir da realidade horrível que é a minha vida. — Completo baixo.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não.
Um silêncio se instalou entre nós dois e então Philippe levantou a cabeça do meu ombro.
— Por que eu estou achando que você está me ignorando? — Perguntou e eu dei de ombros. — Já faz alguns dias que está estranha comigo. Fiz alguma coisa?
— Sabe o que eu acho as vezes? — Pergunto, ignorando a pergunta dele. Fecho o meu livro, marcando a página, e então olho para Philippe. — Que eu nasci para ficar sozinha aqui nesse mundo.
— Por que acha isso?
— Levando em consideração a todos os meus fracassos amorosos, é o que me parece. — Respondo.
— Eu estou incluído nessa de fracassos amorosos? — Perguntou, inclinando a cabeça para o lado.
— Nós dois não temos nada, mas, é... está incluído.
— Quer dizer que nem começamos direito e já foi um fracasso? — Confirmei com a cabeça. — Nossa... — Murmurou.
— Sabe aquele dia que tivemos um "encontro"? — Pergunto.
— Sei, o melhor encontro da sua vida. — Brincou e eu dei um sorriso forçado, então ele se ajeitou, me olhando com atenção. — Ok, eu acho que você quer conversar sério.
— Eu tinha acabado de levar um bolo. — Falo. — Combinei com uma pessoa e ela não foi. — Ele inclinou a cabeça para o lado, me olhando curioso.
— Que azar o dele. — Falou.
— E meu, que perdi o meu tempo me arrumando e ficando ansiosa para nada. — Digo.
— Não foi para nada, tivemos o nosso encontro. — Disse. — E você estava linda.
— Você me encontrou aqui no parque e é claro que percebeu que eu não estava bem. — Continuo. — Foi legal você ter me convidado para um, mas depois eu entendi que foi por pena.
Philippe levantou as sobrancelhas, consequentemente arregalando os olhos. Inclinou a cabeça para o lado outra vez e me encarou confuso.
— Como é? — Perguntou.
— Philippe, você não me chamaria para um encontro em outras condições. — Digo baixo, vendo ele franzir o cenho.
— Quem disse que não?!
— Eu sei. — Falo. — Qual é, você... olha, você é um cara bonito, é óbvio que tem um monte de mulher na sua cola, e é claro que são mais interessantes do que eu, então...
— Natalya, eu não te convidei para um encontro por pena e muito menos te beijei por pena. — Me interrompeu. — Você é uma mulher bonita e é interessante, por isso que te beijei. Que coisa mais doida é essa que está falando?
— Desculpa, eu não... — Suspiro fundo. — Não consigo acreditar nessas coisas. — Murmuro.
— Mas deveria! — Disse. — Estou falando sério quando falo essas coisas pra você. Por favor, não pense que eu fiz aquilo por pena. — Pediu e colocou as mãos em meu rosto.
Molho os meus lábios e seguro em seus pulsos, o afastando.
— Philippe, você tem vergonha de ser visto comigo. — Digo. — Aquela vez, quando estávamos na frente da minha casa e a minha irmã chegou, você me afastou como se eu tivesse a doença mais contagiosa e horrível do mundo.
— Eu só me assustei.
— Ah, é claro. — Falo. — Assim como aquele dia em que você também se afastou quando o seu amigo apareceu.
— Naty...
— Está tudo bem. — Digo. — Quer dizer, não está, mas tudo bem mesmo assim. Não é nada do que já não me aconteceu.
— Eu não quis passar a impressão de que tenho vergonha de você, é só que... — Começou e eu levantei as sobrancelhas, esperando. — Não tenho vergonha de você!
Senti um pouco de vontade de rir. Não era engraçado, é claro, mas é que aquilo sempre acontecia.
— Um fracasso. — Sussurro.
*
PHILIPPEp_algumacoisa
qual o meu problema com as Natalyas?**
bom domingo nessa porra do caralho
tô estressada.
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Twitter ━━ Philippe Coutinho
Fanfiction✿*:・゚ ㅤ Buscando fugir de todo o hate que estava sofrendo na Internet, Philippe Coutinho tomou a decisão de se afastar das redes sociais e evitar ler comentários sobre sua má fase no Barcelona. "Veja o que está acontecendo no mundo neste momento."...