Prologue;

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Eu tive a ideia pra essa história assistindo o filme da Cinderela "óbvio" (aquele que tem a Lily James e o Richard Madden, de 2015), e eu me inspirei completamente nele, por isso algumas coisas podem ser bem parecidas, mas é claro que coloquei meu toque especial nela.
Eu estou bem animada com ela porque é a primeira história que eu posto que tem mais de 5 capítulos, e espero de corações que vocês gostem.
Os capítulos serão postados nas sextas, mas podem ter duas postagens por semana.
Aviso: vão ter casais LGBTQ+ nessa história, não vou admitir nenhum tipo de preconceito aqui. Vai ter um pouco de Wolfstar porque não aguentaria não colocar meus piticos, porém o casal principal é Jily.

Sem mais delongas, boa leitura!

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Em uma grande casa afastada do reino rodeada de campinas verdejantes, árvores frutíferas e flores perfumadas, uma pequena família morava, que era tão amorosa quanto uma família pode ser. O pai, era o homem mais bonito que Lily conhecia com seus cabelos castanhos claros, os olhos azuis profundos e a menina não se lembrava de te-lo visto alguma vez triste ou até mesmo bravo. A mãe, era a mulher mais bondosa e gentil que conheci, sempre com um sorriso no rosto e pronta para ajudar quem quer que precisasse. A filha do casal, uma pequena garotinha chamada Lily, para sua mãe e seu pai, ela era uma princesa. Lily era uma cópia de sua mãe, tanto na doçura e forma singular de ver o mundo, quanto na aparência, com os olhos verdes claros e os cabelos cor de fogo que lhe davam um aspecto encantador. Apesar de para seus pais ser uma princesa, ela não possuía títulos, nem coroa, nem castelo, mas era a governante de seu próprio pequeno reino, cujas fronteiras eram a casa e o prado a beira da floresta, onde sua família viveu por gerações.

Lá vivia o Sr. Ganso, o ratinho Eliot e todos os animais da casa. Lily adorava cuidar dos animais da fazenda e eles adoravam Lily, era como se eles se entendessem de uma forma muito natural e bela. Sua mãe, Rose, tinha lhe ensinado que todos os seres vivos importavam, e era dever dos humanos proteger os animais e em troca eles nos ajudavam com a natureza e nossos recursos naturais.

— Mas se nós cuidarmos dos animais, quem vai cuidar de nós mamãe?- Perguntou Lily em uma bela tarde quando resgatou um passarinho que havia caído do ninho, a ruivinha devolveu a ave a sua casinha e recebeu um "beijo" na bochecha da mamãe passarinho, na verdade a passarinha somente encostou seu bicho na bochecha rosada da menina, mas a menina considerava aquilo um beijo de passarinho.

— Fadas madrinhas é claro- Respondeu a mais velha ajudando a filha a descer da escada em que subiu para devolver o bichinho ao seu ninho. Ao escutar a resposta da mãe, os olhos da menina de vestido azul brilharam como cristais.

— Fadas? Como mágica mamãe?- Perguntou animada para sua progenitora, Rose riu da animação da filha, ela era tão pura e especial. E elas começaram a caminhar pelo caminho de pedras até a casa.

— Exatamente como mágica meu amor, mas não o tipo de mágica de feitiços, é uma magia mais poderosa e bem mais antiga, o amor- A mulher não pode deixar de gargalhar d da cara de decepção que a menina fez ao escutar a resposta da mulher. Passaram o resto do caminho em silêncio, com a menina pensando sobre o que a mãe tinha falado.

— Mas fadas existem ou não?- Indagou finalmente a mais jovem. Sua mãe vendo que já estavam perto da casa onde moravam, se agachou na frente da filha e segurou seus bracinhos delicados a fazendo lhe olhar.

— Bem minha princesa, é claro que fadas existem, algumas usam varinhas e falam feitiços incríveis- Disse com a voz doce, olhando no fundo das orbes esverdeadas da mais nova que sorriu com a fala da mãe, se animando novamente- Mas existem fadas que não usam varinhas, não voam e nem fazem feitiços, essas fadas são pessoas comuns que cuidam de você porque te amam e querem o seu bem, essas fadas são mais importantes do que qualquer magia fantástica.

— Então você é minha fada mamãe- Respondeu a menina sorrindo para a mãe e pulando em seu colo para lhe abraçar, a mulher correspondeu o abraço rapidamente, apertando aquele pequeno ser em seus braços, como se pudesse protegê-la de todo o mal do mundo.

Seu pai era um mercador, que viajava o mundo trazia presentes de todas as partes do globo para sua princesa ruivinha. Quando ele estava em suas viagens, a menina sentia muita falta do homem, mas sabia que ele sempre retornaria. Trazendo histórias de reinos distantes e presentes cujo nome Lily nunca iria conseguir falar corretamente por serem de uma língua muito diferente da sua. Seus pais eram apaixonados um pelo outro e sempre faziam questão de demonstrar esse amor por gestos carinhosos e Lily sonhava em um dia amar alguém daquela forma. Tudo ali era perfeito, eles eram felizes por viverem daquela forma e amarem uns aos outros.

Mas a tristeza pode chegar a qualquer reino, mesmo o mais feliz. E assim ela chegou a casa de Lily. Quando em uma noite, após colocar sua filha para dormir, Rose e seu marido estavam andando pela casa em direção aos seus quartos, a mulher sentiu um mal estar repentino, quase caindo no chão de madeira se seu marido não tivesse a segurado antes. Após isso, vários médicos visitaram a casa de Lily, todos sem nenhuma cura ou melhora para a mãe da menina, o que fez com que todos da casa perdessem a esperança.

Uma criada fora lhe buscar em seu quarto um dia, seu pai tinha lhe pedido para que esperasse do lado de fora do quarto onde sua mãe estava em seu leito. Ela se sentou em uma cadeira ao lado da porta, não entendendo todos aqueles olhares que recebia de todos os empregados da casa. Logo, a porta se abriu e por ela passaram seu pai e o médico de sua mãe, ambos conversando como se não tivessem notado a presença da garota, e realmente não tinham, pois quando seu pai se virou e a viu ali sentada, Lily se assustou pois pela primeira vez, seu pai parecia triste e melancólico. O homem estendeu a mão para a filha, entrando no quarto junto a garota. Sua mãe estava deitada na cama com o semblante abatido, mas tentou seu melhor para esconder quando viu a filha ali no quarto.

— Minha princesa- começou a mulher com a voz um pouco fraca devido à dor e ao cansaço- Quero lhe contar um segredo. Um grande segredo que pode ajudar você a passar pelas provações que a vida lhe der- ela respirou fundo do melhor jeito que pode, olhando nos olhos claros da filha- tenha coragem e seja gentil, você tem mais bondade em seu dedo mindinho do que a maioria das pessoas tem no corpo todo, nunca se esqueça que fadas existem se você acreditar nelas, eu te amo meu lírio

A menina abraçou forte sua mãe, não querendo que ela se fosse e logo seu pai se juntou ao abraço em família. E por alguns momentos, Lily sentiu como se tudo estivesse certo novamente, porém nada estava certo.

A mãe de Lily morreu no fim daquela semana, em um sono tranquilo e de forma suave. Naquele dia os passarinhos passaram o dia em silêncio. O vento não se movimentou, e até mesmo os animais da casa não fizeram barulho era como se a natureza também estivesse de luto com Lily.

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Espero que tenham gostado, me deixem saber o que acharam desse primeiro capítulo, o comentário de vocês é muito importante para mim, ok?

Até o próximo capítulo!

Kindness and Courage- a Cinderella storyOnde histórias criam vida. Descubra agora