Kindness and Courage- a Cinderella story

A ball for the people and a princess for the prince

Boa leitura! 📖

— Sua majestade, o rei- Disse em voz alta um dos funcionários do castelo quando ultrapassaram as portas do escritório e entraram no grande corredor cheio de janelas graciosas e pinturas refinadas e bem feitas, o Sol já abaixara, o que denunciava faltarem poucas horas até o anoitecer. James e Fleamont começaram andar em direção a sala de pintura, acompanhados por Sirius e pelo Grão-Duque, logo atrás.

— Tenho certeza que seu pai lhe advertiu sobre seu comportamento na floresta Alteza, mas devo reforçar que não é de bom decoro o herdeiro ao trono agir dessa maneira- Disse o Grão-Duque, um cara baixo, corpulento quase sem pescoço, que tinha um bigode volumoso e cabelos ralos no topo da cabeça. Usava vestes pomposas como sempre, o medalhão de honra exibido em seu peito como um pavão exibe suas penas.

— E isso é da sua conta Grão-Duque?- James indagou irritado, não gostava daquele homem, não tinha nenhum pingo de confiança no sorriso falso e na voz amigável do homem.

— Seus assuntos são da minha conta Vossa Alteza Real- E aí estava, um dos maiores motivos de James não gostar do conselheiro de seu pai, o homem parecia sempre querer mais poder, como se a qualquer momento fosse enganar James e pegar a coroa para si, ele parecia ser incapaz de deixar James tomar suas próprias decisões, e o príncipe previa a dor de cabeça que teria quando fosse coroado rei.

— Pode ficar tranquilo Grão-Duque, sei lidar com as consequências de meus atos -Quando era menor o príncipe enxergava o Duque como um segundo pai, parecia sábio e honesto, porém a medida que conseguira mais poder e títulos, foi se tornando soberbo e arrogante, e hoje era aquele homem presunçoso que James aturava em respeito ao seu pai, o rei e o Grão-Duque eram amigos de longa data, o nobre chegara até a salvar Fleamont em uma batalha, motivo da medalha que ganhara há anos atrás.

— Não deveria ter soltado aquele cervo- Repreendeu-o como se fosse seu pai, isso fez Potter quase revirar os olhos, olhou para seu progenitor ao seu lado percebendo que ele estava alheio as coisas, a doença estava o consumindo gradualmente. Suspirou cansado já cansado daquele diálogo.

— Alce- O príncipe disse enquanto parava para assinar um documento que um dos membros do conselho lhe mostrava, um acordo entre o castelo e os padeiros da cidade, precisavam mudar o lugar onde compravam já que o Rei tinha desenvolvido alergia aos ingredientes dos pães e bolos que lhe serviam.

— O que disse majestade?- O homem loiro gorducho perguntou com um ar desdenhoso, se James olhasse para trás veria uma face de prepotência e jocosidade estampada nos traços rústicos do Grão-Duque.

— O animal era um alce, não um cervo- Respondeu James voltando a andar com Sirius e seu pai ao seu lado, o Grão Duque andava um pouco atrás deles.- E não é só porque é feito que significa que seja certo, ou algo assim.

— O que isso quer dizer Alteza?- Potter sentiu seu irmão lhe encarar após a pergunta do mais velho, Sirius como sempre já havia entendido o que estava acontecendo, já que Black também não gostava do Grão-Duque, já que este sempre o tratou com menosprezo e arrogância por não ser filho legítimo de Fleamont e Euphemia.

— Creio que não seria capaz de compreender Grão-Duque -Respondeu sorrindo de lado enquanto abria as portas da sala de pintura do castelo. Pelo olhar que seu pai lançava a si pelas costas, James sabia que levaria uma bronca mais tarde, mas naquele momento não ligava, o Grão-Duque conseguia despertar o pior do príncipe.

Entraram na grande sala onde o Mestre das artes do castelo, aquele que sempre pintava os retratos da família, mas nesse dia seria um retrato de James sozinho, montado em um cavalo branco empunhando uma espada. O típico retrato da realeza daquela época, segundo seu pai aquela pose dizia que o príncipe era um homem forte e valente, mas para James só significava que sua família tinha dinheiro para pagar um pintor de retratos, já que nem montado em um cavalo ele estava. Subiu na cela colocada no meio da sala repleta de telas em branco e algumas não terminadas, e se colocou na pose correta.