A sad Goodbye

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O capítulo de hoje é triste, a morte de alguém que amamos pode ser algo muito difícil de lidar, essa dor nunca vai embora e somente cicatriza com o tempo.
Desejo a todos que já passaram por isso que encontrem conforto que vocês merecem.
Vamos ao capítulo!!
Espero que gostem!
Boa leitura 📖


Todo o castelo parecia triste. Os passos dos homens ecoavam pelo corredor de mármore, e ambos não sabiam o que falar um para o outro, perdidos demais em suas próprias angústias. Assim que se aproximaram do quarto de seus pais, os guardas abriram a porta para eles em um gesto solene.

No centro do quarto ricamente decorado, envolto em cobertores, lençóis e travesseiros com os mais belos tecidos, estava Fleamont. Sua pele era pálida e seus cabelos pareciam mais brancos do que nunca, seus olhos pareciam ter perdido um pouco do brilho vivaz e seu semblante era cansado. A doença havia o consumido gradualmente e agora ele parecia no seu limite.

A rainha, sentada perto da cabeceira ao lado do marido, nada parecia com governante que conseguiria comandar uma multidão, seus cabelos negros arrumados em uma trança desleixada e o vestido simples de um verde-escuro lhe davam um ar de cansaço e fadiga.

Os irmãos andaram em silêncio até próximo da cama de seus pais, demorando alguns momentos para serem notados pelo casal. O clima estava pesado como se uma nuvem pairasse sobre todos, estava chegando o inevitável e todos sabiam.

— Meus filhos — O rei falou, sua voz era fraca e os irmãos tremeram ao perceber a diferença entre a sempre forte e altiva voz de comando que seu pai possuía. O patriarca abriu os braços com dificuldade tentando sorrir ao ver seus dois filhos entrando em seu quarto para lhe ver em seu leito, pelo menos não iria sozinho.

— Papai não se esforce — Exclamou Sirius se aproximando a passos rápidos da cama do pai e se ajoelhando ao lado de onde o mais velho estava deitado, ele parecia se recusar a olhar o homem na cama, mesmo que seus olhos estivessem cheios de lágrimas.

— Sirius, olhe para mim, quero lhe falar algo — mesmo que relutante, o mais novo não poderia recusar um pedido feito por seu pai daquela forma. Por isso levantou o olhar para o rosto do homem que lhe acolheu como um filho, quando acreditava que seu destino seria viver sendo maltratado e torturado por seus pais biológicos, não estava pronto para deixá-lo ir.

— Pai, não vá — deixou de impedir as lágrimas de se derramarem e agora elas corriam como cascatas pelo seu belo rosto aristocrata. Os olhos negros com traços marcantes, continham toda a tristeza e a angústia que ele não externava naquele momento.

— Escute filho — Com um pouco de dificuldade, segurou o rosto de seu mais novo entre seus dedos já fracos pela doença avançada, mas foi o suficiente para que o homem lhe olhasse no fundo dos olhos — Eu sempre vi bravura em você, do tipo que poucas pessoas têm, e eu me preocupei muito quando soube de suas preferências...

— Me desculpe, papai- Sussurrou com a voz sofrida, lhe cortava o coração saber que decepcionou aquele homem em algum momento de sua vida. Mas o rosto do rei se tornou firme novamente quando ouviu o que o filho dissera, nunca odiaria o filho por amar alguém, independentemente de quem fosse.

— Nunca peça desculpas por ser quem você é, o amor é sempre belo — Falou olhando rapidamente para a esposa que segurou sua mão que não estava no rosto de Sirius, voltou o olhar para o filho — Você ama aquele aprendiz?

— Mais do que a mim mesmo papai- respondeu sorrindo fraco, mesmo que estivesse triste pelo pai, pensar em Remus sempre lhe deixava feliz. O rei sorriu quando viu que seu filho amava alguém e possivelmente era recíproco.

Kindness and Courage- a Cinderella storyOnde histórias criam vida. Descubra agora