1) ciclo vicioso

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Espero que gostem de A arte do não dito! Esse capítulo é mais curtinho pois é o primeiro, os outros serão maiores. Lembrando da tag que é #PaletasePoesiasTK 🎨

Um agradecimento especial à minha beta mayakthjjk (leiam as obras dela!), ela é perfeita demais, obrigada por me apoiar e me ajudar tanto, meu amor! E também a Ju (taehxii) pela capa linda e toda inspiração que ela me dá hihi.

boa leitura, amores! 💙

boa leitura, amores! 💙

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Mais um sonho estranho. Desde a adolescência, Jeongguk tem esses sonhos recorrentes. O cenário era sempre o mesmo: escuro, apertado, vazio. Ele andava e andava nunca chegando a lugar algum. Uma voz podia ser ouvida de longe, mas Jeongguk nunca entendia o que ela dizia. Se aproximava de um ponto achando ser uma extremidade, afim de encontrar uma saída e se deparava com o nada. Não tinha saída. Seu coração apertava em angústia, não gostava daquela sensação, não gostava daquele sonho. Ele não tinha um fim, não parecia ter sentido. No final, andou em círculos, não sabia para onde ir mais, até que olhou para cima. Escutava a voz novamente vinda dessa direção, porém não sabia como chegar até o som. Ele estava no fundo, nunca iria conseguir sair...

O som alto das pessoas conversando ao redor despertou Jeongguk de seu pesadelo. Sabia que, se estavam conversando, não tinha professor na sala. Perdeu mais uma aula por adormecer.

Nenhum professor na faculdade se importava com aquilo, na verdade. Eles deixavam claro que você tem a liberdade de assistir ou não as aulas, se não quer assistir, então não atrapalhe. Era o que Jeongguk fazia, nunca atrapalhava.

— O que eu perdi, Hobi-hyung? – Abriu um dos olhos, incomodado com a luz.

— Só uma longa aula de Metodologia do ensino de arte, tudo tranquilo. Não dormiu pela tarde? Você deveria usar esse tempo pra descansar.

— Não consigo dormir em casa, você sabe. – Levantou a cabeça, bocejando. — Qual a próxima aula?

— Desenho digital.

— Se ele falar alguma coisa importante ou pedir trabalho, me acorde. – Se acomodou deitando em seus braços cruzados.

Jeongguk e Hoseok eram amigos de infância. Sempre fizeram tudo juntos, e para a felicidade dos dois, quiseram fazer o mesmo curso: Artes visuais. Estavam na reta final, só mais dois períodos e tudo iria acabar, mas Jeongguk continuava da mesma forma, cabisbaixo. Ele amava arte, amava pintar, só não suportava o curso. Sentia que sua criatividade era limitada, porém algo o prendia ali, e ele se recusava a sair.

Os dois amigos sentavam lado a lado, faziam todos os trabalhos juntos, se ajudavam. Hoseok, por muitas vezes, foi o motivo para Jeongguk não largar o curso de vez, além de ser seu amigo, era seu pilar.

Hoseok se sentiu só na aula, pois sua única companhia era Jeongguk, mas além de tudo, ficou preocupado com ele. Seu amigo tirava notas boas, se saía bem, mas algo não funcionava para ele, e até aquele momento, não sabia o que era.

a arte do não dito • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora