4) realidade do caos

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lembrando que terá capítulo hoje e sábado para comemorar o 1K de leituras! Muito obrigada 💙

tag #PaletasePoesiasTK

boa leitura! 💙

Uma mão levantada nunca pesou tanto para Jeongguk

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Uma mão levantada nunca pesou tanto para Jeongguk. Se pudesse voltar atrás, voltaria. Se pudesse, teria ignorado Hoseok e não ter caído de cabeça naquela ideia maluca. Em uma semana de aula teve uma discussão com o professor, e faria a prova para ser monitor dele. Meio inconsequente, diria.

Não gostava de voltar atrás no que se decidia, era algo a mais para manifestar fraqueza. Enfrentaria com uma falsa coragem, e tinha a certeza de que não passaria, Taehyung não iria querer um monitor como Jeongguk, essa informação estava presente nas farpas que trocaram, não era algo difícil de se decifrar.

Saiu da aula sentindo-se derrotado. Como odiava a sensação de perder ou ceder. Perder é algo inferior, mas ceder é por escolha, é pior.

Descendo a escada com Hoseok, avistou Jimin no último degrau, esperando pelo seu amigo. Os dois se abraçaram por um bom tempo, trocaram carinhos, e Jeongguk deduziu que Hoseok esqueceu que ele estava ali observando tudo.

— É... Hobi-hyung? – Perguntou envergonhado. — Você vai pra casa?

Hoseok parou de distribuir beijos por todo o rosto de Jimin para responder o amigo.

— Você pode voltar de trem, Guk?

— Ah, posso... – Estava vermelho por interromper o casal, então passou por eles rápido, olhando para o chão.

— Oi, Jeongguk! – Jimin o cumprimentou sorridente.

— Olá, Jimin-ssi. – Sorriu de volta e voltou a andar.

Jeongguk simpatizava com Jimin, gostava da relação dele com Hoseok, mesmo que eles não oficializassem. Jimin era simpático, além de extremamente fofo e bonito, Hoseok se apaixonou desde a primeira vez que saíram. Desde então, Jeongguk o apoia e o incentiva a não desistir da relação por causa das inseguranças causadas pela falta de um rótulo. Era sincero em sua opinião, sentia que Jimin realmente gostava de seu amigo, talvez ele só precisasse de mais tempo para assumir um namoro, há casos e casos, e Jeongguk evitava julgar apenas pelas aparências.

No trem, pôde voltar sentado, não era horário de pico, respirou em alívio com isso. Mesmo sendo rápido demais para olhar o mundo pela janela do trem, Jeongguk gostava de observar, parecia uma representação da vida, indo rápido ao seu destino final. Tão rápido, que você mal podia reparar no que lhe rodeava, a opção era aceitar a velocidade e que nem sempre é possível parar e admirar o que estava acontecendo.

Se bem que, para Jeongguk, não havia o que admirar. Se possível, queria pular aquela fase de sua vida. Não via sentido em nada, e realmente não tinha. Balançou a cabeça para afastar esses pensamentos, não queria aparentar ser melancólico ou deprimido, Jeongguk poderia ser esmagado pelo próprio inferno, e não iria esboçar tristeza. Se alguém não quer sentir os tais sentimentos de fraqueza, assim denominados por Jeongguk, precisava se tornar eles. Não vai haver nada no mundo que possa abalar, nem uma pessoa ruim, nem uma expulsão de casa, nem uma solidão.

a arte do não dito • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora