6) ceder é uma opção

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esse capítulo antecede, pela minha visão, um dos capítulos mais importantes. O 7 promete! E claro, esse tem sua importância, e um momento muito especial, espero que gostem!
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Boa leitura! 💙

Jeongguk ignorou o sonho, julgou estar ficando louco

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Jeongguk ignorou o sonho, julgou estar ficando louco. Ficou tão surpreso com o sorriso de Taehyung, que sonhou com isso? Não fazia o mínimo sentido. A cada palavra e gesto vindo dele, sabia que algo estava por trás, não cansaria de dizer isso a si mesmo. Taehyung é um homem de entrelinhas, o importante está nos detalhes minuciosos, a realidade não é para qualquer um ver ou compreender.

Ao repelir, Jeongguk entendeu que não daria certo, de uma forma estranha, ambos estavam ligados desde o primeiro dia de aula. E isso o irritava, o tirava do sério. Não sabia que ser arrancado da sua zona de conforto era tão doloroso e agonizante, sair do roteiro e improvisar não era para ele. Queria continuar sua vida como tinha se acostumado, com os mesmos amigos, as mesmas situações, os mesmos problemas.

A cada discussão, ao invés de se afastarem, pareciam se aproximar. A frustração corroía Jeongguk, seus esforços estavam sendo inúteis, sua tentativa de escapar se tornava utópica. Era como seu sonho do escuro e sem saída, estava cercado pela dúvida e pelo desconhecido.

Quando Juseon, o primeiro professor de Desenho Digital, ministrava as aulas, Jeongguk era amigo dele, porém era mais simples, as dificuldades não existiam, a comunicação era ótima, para todos os efeitos. Mas, Juseon era idoso, por isso a facilidade nas interações. Um idoso simpático, gentil, um professor excelente. Jeongguk encontrou nele mais um motivo para suportar a faculdade. Juseon desconhecia sua situação em casa, sua relação com os pais, e mesmo assim, dava conselhos preciosos.

Seria assim com Taehyung? Jeongguk duvidava. Não duvidava da excelência dele como professor, presenciou o quanto ele estava à frente de muitos, apesar da pouca idade. Era a primeira vez que Jeongguk tinha um professor tão novo, apenas 7 anos de diferença. O que esses 7 anos significavam?

Se Taehyung fosse um aluno, e não o professor substituto, eles naturalmente seriam amigos? Não, não para Jeongguk.

Ele acreditava que Taehyung seria o almejado pela turma, o incomparável e inalcançável por suas vestes, sua face, seu modo de falar. O maldito modo de falar. Jeongguk disse que ele não tinha sotaque, mas ele tinha, só não notou com antecedência. Taehyung enrolava algumas palavras, arrastava a pronúncia. O coreano era perfeito, entretanto, tinha algo a mais.

Cada parte desse grande conjunto que compõe Kim Taehyung fez Jeongguk acreditar que eles pertenciam a universos diferentes, realidades distintas, vivências incomparáveis. E mesmo com tal delicadeza nos detalhes, o fazendo parecer até alguém da realeza, Jeongguk sentia o lado ruim. Não necessariamente significando que ele seja alguém ruim, mas ninguém é de todo perfeito. O ser humano é sujeito a falhas, e o universitário não imaginava quais seriam as de Taehyung, além da prepotência não muito exagerada, mas notável.

a arte do não dito • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora