13) tragado

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Sabem aqueles capítulos cheios de tapas na cara...? No sentido figurado, é claro! Então... É esse.

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Boa leitura! 💙

No momento em que Jeongguk afastou-se de Taehyung, ele não quis mais ir de trem, foi andando

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No momento em que Jeongguk afastou-se de Taehyung, ele não quis mais ir de trem, foi andando. Caminhou rápido, para caso seu professor tentasse o alcançar. Seus passos eram duros, firmes, sua cabeça não parava de pensar mil possibilidades sobre o que deveria fazer, ou o que não deveria ter feito.

A chuva continuava e ele não se importou nem um pouco. Subiu seu capuz e deixou sua roupa ser encharcada. O celular estava protegido dentro da bolsa, e teve a leve impressão de o escutar tocar. Ignoraria qualquer um, principalmente Taehyung.

Parecia um jovem com sua primeira desilusão amorosa, e era. Não queria aceitar esse fato, mas interiormente já aceitava. Não sabia como conseguiu se iludir ao ponto de achar que aquilo resultaria em alguma coisa, que poderia não acabar em catástrofe. Claro que acabaria. Eram professor e aluno, nada além disso.

Gostava de chorar na chuva, e dessa vez não foi diferente. Chorou enquanto andava, sentindo o frio lhe incomodar. Minutos atrás estava sendo aquecido por Taehyung, tanto fisicamente, como emocionalmente. O escutou dizer um soneto lindo, o permitiu chegar mais perto, tão perto que acreditou que o beijo viria.

Queria apagar suas ações, não ter se permitido. Emoções não eram para Jeongguk.

Voltaria a estaca zero, faria de tudo para não sentir mais aquele aperto em seu peito. Se pudesse voltar no tempo, não aceitaria a monitoria, não deixaria Taehyung se aproximar, não pediria ajuda, tentaria não se encantar por ele.

Em sua mente, aquilo era resultado do seu desespero. Tentar beijar seu professor parecia somente isso: desespero. Era para ambos serem amigos, para confiarem um no outro, e Jeongguk sabia que estragou tudo com a droga de seus sentimentos. Se não tivesse fechado seus olhos após o soneto, tudo estaria bem. Estaria no trem com Taehyung, deitado no ombro dele. Entretanto, estava andando sozinho na chuva, chorando.

Por um milésimo de segundo, Jeongguk achou que aquela loucura em sua cabeça era recíproca. Realmente cogitou, pensou ser. Não era, e nunca seria. Sua carência falou mais alto todo o tempo, lhe fazendo pensar coisas que não eram verdade.

Seu lado impulso e explosivo se fizeram presentes novamente, não deu a mínima para suas reações, precisava externar. Bateu a porta quando chegou em casa, assustando Jihoon.

— Guk? – Apareceu assustado na sala. — O que foi? – Se aproximou dele.

— Eu não quero conversar, Hyung. – Tirou seus sapatos e bolsa, indo para o quarto tirar o restante das roupas e colocar para lavar.

— Você vai ficar resfriado assim! – O repreendeu. — Vivo dizendo para você usar o guarda-chuva, por que não me escuta?

— Eu escutei! – Gritou. — Por isso tô sentindo essa merda agora, eu escutei você, Hyung! Eu abri a merda do meu coração, tentei expressar isso dentro de mim e deu tudo errado!

a arte do não dito • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora