9) subjetivo

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Boa leitura! 💙

Semanas antes, ou até no dia anterior, Jeongguk não se imaginaria naquela situação

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Semanas antes, ou até no dia anterior, Jeongguk não se imaginaria naquela situação.

Sua atitude poderia ser interpretada como mera obrigação. Se Taehyung o salvou, devia demonstrar gratidão, afeto, devia ser manso. Mas não, estava longe de ser isso.

Jeongguk pensou na situação, a deixou se repetir em sua mente diversas vezes. Taehyung era só seu professor, e se conheciam há um pouco mais de duas semanas, nada mais. Tinham contato, tinham uma certa proximidade, porém ainda eram dois estranhos. E mesmo assim, Taehyung não pensou duas vezes em levar o universitário para sua casa.

Todo o ato de cunho heroico foi deixado para trás quando Jeongguk percebeu isso. Não importava seu estado, a maioria dos professores não ligaria. No máximo, algum poderia o largar em um hospital e ir embora. A maior parte o ignoraria, tinha ciência disso.

Esse ato foi capaz de esmagar seu orgulho. Era isso que sentia, puro orgulho. Não queria admitir sua proximidade com o professor, não queria admitir que pouco a pouco formavam um laço. Suas interações em aula, seus encontros na sala dos professores para a monitoria, suas conversas que nada diziam, mas significavam mais do que qualquer coisa.

Deitar no ombro de Taehyung foi ceder ao inevitável.

De perto, diretamente da fonte, onde vinha o perfume dele, o pescoço, ali estava deitado. E não poderia reclamar de mais nada. De toda racionalidade do mundo, ignorou cada traço dela ao respirar mais fundo para sentir melhor o aroma.

Poderia ser considerado estranho esse novo e peculiar vício, mas Taehyung tinha um cheiro indescritível. Nem forte, nem fraco. Uma mistura de masculino e feminino, um aroma envolvente, presente, mas suave. O contraste tão único que Jeongguk seria tolo de não continuar inalando, aproveitando a proximidade.

Há alguns momentos na vida que você pode se sentir fora do plano, fora de sua realidade, e aquele era um desses. Jeongguk calou todas as vozes que diziam que ele não deveria estar fazendo aquilo, e continuou a fazer. De olhos fechados, ficou no ombro de Taehyung até chegar em sua parada.

Seria uma espécie de eufemismo, uma pequena blasfêmia dizer que Taehyung se sentiu afetado. Foi mais do que isso.

O professor agradeceu aos céus por ele estar de olhos fechados, pois assim não poderia ver o seu pescoço arrepiado.

Jeongguk saiu completamente ruborizado ao voltar para a realidade. Levantou para ir embora, percebendo todo o contexto, toda a situação. Nervoso, se despediu brevemente e desceu em sua parada.

Esse era só mais um de seus costumes, mas temeu Taehyung interpretar como algo a mais, diferente. Gostava dos cheiros das pessoas, apreciava esse sentido. Na verdade, era seu sentido preferido. Primeiro, o olfato. Segundo, a visão. Terceiro, o tato. Quarto, a audição. Quinto, o paladar.

a arte do não dito • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora