11) calor no inverno

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Que capítulo intenso, viu...

Lembrem da tag #PaletasePoesiasTK e espero que os corações de vocês se acalmem lendo ADND depois dessa tarde turbulenta (quem tava no twitter sabe :/)

Boa leitura! 💙

Boa leitura! 💙

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Doce. Com uma tradução literal: docinho. Sweetie. Taehyung não perdeu a chance de deixar seu sotaque mais evidente, falando a palavra devagar, deixando claro cada letra.

Jeongguk pensou em contestar, dizer que não fazia sentido, que estava longe de ser alguém doce para merecer aquele apelido. Mas dizer isso iria contrariar o arrepio que sentiu passar por toda sua coluna ao ouvir ser chamado assim.

Corou, sabia que estava vermelho. A descarga de adrenalina dilatando seus vasos sanguíneos, melhorando o fluxo de sangue e oxigênio deixaram todo seu rosto avermelhado. Não estava constrangido com o apelido, se constrangeu com o que sentiu. Sem dizer nada após, encarando Taehyung, percebeu que aqueles olhos estreitos voltados para si desvendavam todos os seus segredos. Mordeu o lábio por não saber o que responder, desviou seu olhar para os lados, para as mãos de seu professor, para qualquer detalhe que não fosse o rosto dele.

E durante todo o momento, Taehyung não retirou sua mão da face de Jeongguk. Seus dedos permaneciam imóveis tocando a pele macia, oscilava entre o queixo e a bochecha, fazendo um carinho leve, hipnotizado pelas reações que notava em cada expressão que o universitário fazia.

Taehyung se sentiu como um verdadeiro artista naquele momento, pintou um dos mais belos quadros do mundo: Jeongguk rendido pelo seu carinho.

Como sentia em alguns dias, aquele instante congelou para o universitário. Fechou os olhos, preso no toque, preso nas ondas elétricas que não paravam de percorrer por todo o seu corpo, e se aproximou lentamente. Deitou sua cabeça no peito de Taehyung, inalou aquele cheiro, não dando a mínima se o professor já havia notado esse costume seu, tão íntimo.

O silêncio com certeza foi a melhor resposta, não havia outra melhor. Taehyung também manteve seus olhos fechados, não queria ver se outras pessoas ao redor prestavam atenção naquele contato, se estivessem, seria um pecado. Não era para qualquer um ver.

Escutando mais uma vez o aviso de que sua parada se aproximava, Jeongguk voltou para o mundo real, levantando sua cabeça e abrindo os olhos. Em outro sussurro, Taehyung se despediu.

- Até depois, Sweetie.

A verdade é que Jeongguk se sentia dormente demais para ser capaz de falar algo coerente. Se Taehyung não tivesse prestado atenção em cada reação dele, poderia jurar que ele odiou ou se incomodou com o apelido. Porém, aquela dormência tinha outro nome e significado.

Pisar fora do trem permitiu Jeongguk sentir cada coisa com mais racionalidade. Pareciam dois mundos diferentes, estar perto de Taehyung e estar longe. Sendo sincero, Jeongguk não se reconhecia perto dele. Estar perto dele era habitar outro plano, estar preso em ondas infinitas de cheiros e cores que percorriam o seu corpo como vento em formato de abraço. Era estar sensível, à flor da pele. Um nirvana.

a arte do não dito • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora