32) palavras não ditas

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oi, meus docinhos 🤟🏻 meu único aviso aqui é só sobre música, escrevi esse capítulo escutando sem parar who (sim o feat com o lauv) e say something (essa todo mundo sabe qual é rs)

capítulo pesadinho, bem intenso, se preparem.

não esqueçam de usar a tag #PaletasePoesiasTK e do votinho!!

boa leitura! 💙

As férias nunca foram tão tediosas

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As férias nunca foram tão tediosas. Tudo que Jeongguk fazia era ir se consultar com o psicólogo, que aliás, estava o impedindo de regredir em todo seu avanço.

Sentia uma verdadeira vontade de fumar, como se o ato fosse aliviar o seu peito, quando na verdade, só o faria pesar mais. Tentou pintar mais algumas telas, pensou em expressar o que sentia, ou o que queria sentir, e não veio muita inspiração.

Passava boa parte do dia lembrando dos detalhes de Taehyung.

Lembrava do rosto, das mãos, das expressões, do olhar, da voz. Tinha tanto medo de esquecer.

E sua única saída foi pintar.

Levou em consideração os conselhos de seu psicólogo, sobre não enxergar Taehyung como uma figura ruim ou querer jogar toda a culpa para ele, afinal, Jeongguk nem sabia o que estava acontecendo. Taehyung não era o vilão. Seungmin falou com todas as palavras que seria impossível não pensar nele, e que Jeongguk não deveria tentar não pensar, e sim se permitir sentir tudo, desde a raiva, até a saudade.

Exatamente por isso estava pintando o rosto de Taehyung.

Tinha tentado outras vezes e desistiu no processo por não achar bom o suficiente, mas a saudade que sentia passou por cima até de sua falta de confiança.

Estava mais uma tarde sozinho em casa quando decidiu terminar o esboço, detalhando os traços do rosto dele, para finalmente pintar. Não tinha outra cor possível: seria cinza, tudo cinza, com um toque de preto. 

Além do rosto, pintaria a mão dele apoiada na bochecha, pois era outro detalhe que amava.

E lá estava o rosto sério de Taehyung, completamente simétrico, com os olhos intensos voltados para a frente, os cabelos caindo sobre a testa.

Todos os detalhes pintados em cinza.

Cinza não só representava a falta que Taehyung sentia, representava tudo. Era saudade, amor, angústia. Cinza era a essência de Taehyung, era como Jeongguk o enxergava, era o que via além de qualquer outra pessoa.

Jeongguk nunca viu essa cor por que pensava que Taehyung precisava ser colorido, que precisava mudar, ter outra cor. O cinza era lindo e era dele. Antes de conhecê-lo devidamente, Jeongguk também enxergou a confusão dele. Não só Taehyung prestava atenção no que os olhos de Jeongguk transmitiam.

E Jeongguk sabia bem que tentou se afastar por ver isso. Ver o quanto Taehyung parecia com ele. O que lhe causou medo para pensar em correr foi o que causou também a impulsividade de se aproximar e entender o que acontecia por trás daquele rosto tão bonito.

a arte do não dito • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora