37

189 27 0
                                    


Com um estrondo que soou como um tiro pela culatra de um carro, Harry se viu parado na frente do que parecia ser uma pequena pirâmide asteca. Só na aparência, pois o tempo estava claramente ainda muito britânico e Harry tinha certeza de que aparatar só levava alguém até certo ponto. Snape tirou a mão do ombro de Harry e gesticulou em direção à pirâmide.

"Vamos prosseguir?" ele perguntou.

Harry - que estava muito nervoso para expressar sua concordância - acenou com a cabeça, segurando sua bolsa com sua pesquisa e sua poção perto de seu peito.

"E pare de se preocupar, pelo amor de Deus", Snape disse a ele. "Você enfrentou basiliscos, o Lorde das Trevas e vários Comensais da Morte na batalha. Certamente você pode enfrentar alguns velhos decrépitos."

Harry bufou. "Dumbledore está velho", ele apontou. "Mas eu prefiro não enfrentá- lo em uma batalha."

"Você também não está lutando contra esses homens", disse Snape. Ele começou a andar e empurrou Harry com uma mão firme entre as omoplatas. "Você está simplesmente apresentando sua Magnum Opus."

"Simplesmente", Harry zombou. "Ta brincando né?"

"Continue andando," Snape insistiu. "Já falamos sobre isso. Seu artigo é válido. Seu teorema foi bem elaborado e nós dois sabemos que sua poção funciona."

"Eu sei", disse Harry. "E, no entanto, ainda estou nervoso."

"Estou bem aqui", Snape disse a ele. "Agora pare de ficar inquieta assim ou eu farei você escrever falas quando voltarmos."

"Pelo que?" Harry perguntou consternado, seu nervosismo um tanto esquecido.

"Por não acreditar no seu Mestre quando ele disse que você agiu bem," Snape completou.

"Bem, isso é apenas -"

"Shhh", disse Snape. "Prefiro que meus estimados colegas não ouçam nossas brigas."

Juntos, eles subiram os degraus em silêncio até chegarem à entrada bem no topo. No final disso, Harry se sentiu meio sem fôlego enquanto Snape parecia ter dado um passeio vagaroso. Mal-humorado, Harry suspeitou que Snape tinha tomado uma poção para isso.

Harry estava usando as vestes sociais que Snape lhe dera no Natal anterior - aquelas em carmesim e prata - e se sentia bastante elegante. Especialmente depois que Luna deu a ele seu selo de aprovação. Snape não parecia nem um pouco mal. Maya o levou para comprar roupas novas para esta ocasião. Demorou muito para convencer e - como Harry entendeu - subornar, mas Snape usava vestes sociais que eram uma combinação de esmeralda e preto com detalhes prateados nos punhos das mangas. Naturalmente, as vestes ainda ondulavam.

"Respire fundo," Snape disse baixinho enquanto segurava a maçaneta da porta. "E relaxe."

Harry obedeceu e sorriu para Snape para indicar que estava pronto. Ele não sabia por que, mas prendeu a respiração quando Snape abriu a porta.

Instantaneamente, o som de vozes murmuradas parando alcançou os ouvidos de Harry. Snape entrou pela porta e Harry o seguiu de perto. Eles entraram em uma grande câmara bem iluminada com tochas. As paredes eram feitas de grandes pedras de tijolo e conheciam muito poucos elementos decorativos, exceto por alguns itens que pareciam armas, um dos quais um bastão alado com duas cobras enroladas em torno dele. Harry pensou que seria totalmente impraticável carregar aquela coisa para a batalha. Havia também uma espada com lâmina de prata e um escudo em forma de Grifo dobrando suas asas. Harry suspeitou que fosse feito de ouro maciço.

No centro da sala estava uma grande mesa redonda com quatorze cadeiras, treze das quais estavam ocupadas por - como Snape havia dito antes - velhos. Harry apenas reconheceu um e se perguntou quando exatamente o Professor Slughorn havia chegado aqui.

The Potions (Tradução Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora