15

828 48 10
                                    

— e meu irmão? - falo vendo a médica respirar fundo nos olhando e segura minha mão.

Ah meu Deus...

olha a situação dele é estável. Ele segurou muito antes de desmaiar, teve uma fratura na cabeça e o airbag machucou o peito dele pela força do impacto e acarretou em uma hemorragia interna, nós fizemos tudo ao nosso alcance e conseguimos parar a hemorragia, o braço vai precisar ficar com gesso por quarenta dias, a Maria Júlia também vai usar gesso mas na perna e por sessenta dias. Ambos por um milagre de Deus estão vivos, e fora de perigo por hora, eles estão na UTI e ainda não podem receber visitas mas dependendo da recuperação deles logo mais eles vão descer pro quarto e aí podem receber visitas.

— obrigada meu deus do céu. Obrigada doutores. Muito obrigada mesmo! - abraço os médicos agradecendo e minha mãe apertava meu pai em alívio por saber que estão todos bem.

— eu posso ver meus sobrinhos? - Gui pergunta e todos ficam eufóricos para verem os meninos.

— podem sim, colocamos os dois no mesmo quarto pelo pequeno Theo que ficava repetindo irmão, mamãe e papai. Aí sim ele ficou quietinho. Achamos que o Nicolas está perto de acordar, caso ocorra nos chame com o botão ao lado da cama. - assinto rápido.

— podemos todos entrar? Estamos muito preocupados com eles, por favor? - peço e vejo o médico suspirar mas aceita.

— quarto 564, por favor não façam muito barulho tem muita criança lá. - assentimos e todos nós vamos procurar o quarto e não demoramos a achar.

Entro no quarto vendo o Theo sentado no berço olhando a televisão que passava desenho e uma enfermeira tinha uma mamadeira pra ele.

— oi meu amorzinho, como você está hem? - minha mãe vai até ele que a pede colo e ela pega ele e a enfermeira a entrega a mamadeira.

Logo o pequeno mama tudo enquanto se agita com todo mundo brincando com ele e fica mais agitado ainda vendo o Thiago.

Beijo sua bochecha o fazendo sorrir e vou ao lado do Nicolas que dormia e Gui fica do meu lado.

Conseguia ver alguns arranhões no seu rosto  e uma faixa na cabeça e uma no braço dele, seu rosto estava vermelho e possivelmente ficaria roxo. Ele estava atrás da maju a batida foi direto neles. Seguro sua mãozinha deixando um beijo na sua bochecha.

Eu e Gui conversamos com ele mesmo dormindo para ajudar ele a não se assustar.

— oi bê, é o titio Gui. Sabe carinha, quando você for pra casa o titio vai te comprar um monte de balinha de goma e vou deixar também você pular na minha cama o tanto que quiser. Seu papai e sua mamãe estão bem viu, o Theozinho está com saudades do irmão dele. Vamos acordar carinha, a gente tá com saudades de você. - fala e aí conseguimos ver ele abrir os olhinhos devagar porém começa a engasgar com a entubação e aí aperto o botão e não demora os médicos chegarem enquanto ele chora querendo tirar.

Seguro um braço e o Gui segura o outro e com calma a médica tira o tubo dele o fazendo vomitar na hora.

— eita bebê. Olha o vovô. - meu pai fala e o mesmo já sorri sapeca nos fazendo rir aliviados.

Uma enfermeira vem e troca o lençol dele por um limpo e finalmente o abraço mas sem o apertar.

Léo vem pra perto dele enquanto Thiago segurava o Theo que já gargalhava das caretas dele junto com a minha mãe e o boquinha filmava ele brincando com o Thiago.

— vovô eu fez dodói olha. - mostra a faixa no braço e meu pai assente e deixa um beijo em cima.

— oi bê, titio Léo tava com saudades sabia disso?

Nós dois - Renato Garcia ( parte dois de "tudo acontece por um motivo" )Onde histórias criam vida. Descubra agora