39

743 38 22
                                    

- que dia que você foi na minha casa que eu não estou sabendo? Pode me explicar Renato?

- amor, oi. Vamos conversar lá dentro? - chega perto de mim visivelmente nervoso me fazendo arquear uma sombrancelha e olha a Isabel, que me olha de cima abaixo como sempre fez e eu faço o mesmo pra mostrar que não estou de brincadeira.

- vem Renato. Oi gente. - aceno pra todos que tinham parado e me olhavam e saio andando brava na frente calada.

Eu estou tão brava e com tanta vontade de gritar que eu quero muito socar alguma coisa...

- vamos pra casa, ninguém precisa ouvir nenhuma conversa ou discussão nossa. Não é da conta de ninguém, vem!. - segura minha mão me fazendo afastar a mão da dele e subir rápido.

Os meninos obviamente notaram o clima e ficaram calados ao notarem a minha cara e a do Renato. Entro na sala de cinema e pego o Theo e calço o chinelo nele e vou até a minha ranger que estava ali.

Assim que o Renato destrava eu já coloco meu pequeno na cadeirinha e sento no banco do meio e prendo o Nicolas também, já que o Renato tinha colocado ele.

- não vai na frente comigo? - pergunta me olhando com a porta ainda aberta.

- eu não quero nem ir com você, só dirige Renato. - falo pegando meu celular na minha bolsa.

- nossa amor, para de tirar conclusões antes de ouvir meu lado.

- Renato, até agora eu não ouvi lado nenhum e não tô afim de discutir na frente dos meus filhos, dirige essa merda. - o olho pelo retrovisor o vendo visivelmente tão bravo quanto eu.

Ele detesta quando eu fico brava e o respondo mal, mas que se foda. Tô na minha razão!

Ele dirigia calado e o clima no carro não era dos melhores. No caminho mando uma mensagem pra Clara pra ver se ela pode ir lá em casa ficar com os meninos e a mesma responde que já está indo. Não é sempre que ela vai lá, eu chamo quando preciso e ela vai, e hoje eu preciso.

Assim que estaciona na nossa garagem eu já tiro meu cinto e o dos meninos para facilitar. Saio antes e pego o Theo novamente sem o acordar e vejo a Clara já nos esperando na sala.

- Dona Maju, bom ter a senhora de volta aqui!

- obrigada Clara. Eu preciso resolver uma coisa com o Renato, precise que fique com os meninos e se caso eles acordem pode dar algo pra eles comerem e levar eles ali no parquinho do condomínio?

- Claro!. - assente e sorri.

- vou deixar eles dormindo ali no quarto de brinquedos ok? - vou até lá com o Renato, e como lá tem um lugar que colocamos estofado todo, é como uma cama. Deito o Theo ali e o Renato faz o mesmo com o Nicolas. Saio de lá na frente. Vou para o quarto sendo seguida.

Eu me tremia toda, tanta coisa se passa na minha mente, e se ele me traiu de novo?.

Entro no quarto jogando minha bolsa na cama e tiro meu salto me sentando na cama o olhando e já tiro meu blazer, cruzando os braços o olhando seria.

- vai Renato fala, tô esperando você se explicar do porque trouxe outra mulher para a nossa casa além da sua mãe e da sua irmã. Só nós três que somos as mulheres da sua vida, não aceito trazer outra mulher aqui na minha ausência.

- calma Maju, vou explicar.

- então explica cassete!

- calma tá, um dia depois de uma gravação dos caçadores elite eu tava aqui perto e ela se ofereceu pra ir comigo ver a lenda, e na volta eu precisava muito mijar e perguntei se tinha problema eu passar aqui rápido e ela disse que não. Eu entrei pra mijar e quando sai do banheiro ela tava aqui no quarto sentada na cama. Eu só tinha oferecido água, pra você ver.

Nós dois - Renato Garcia ( parte dois de "tudo acontece por um motivo" )Onde histórias criam vida. Descubra agora