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- Re amor, pega o Theo e já coloca na cadeirinha por favor? - peço o meu marido, já que são nove horas da noite e estamos indo para casa em Porto.

- e se ele acordar? - me pergunta enquanto coloca uma mala do lado da minha, dentro do porta malas da ranger.

- ele tá em um sono ferrado, se acordar também não tem problema, vai acabar dormindo no caminho mesmo! - entro em casa e pego as mamadeiras dos meninos já prontas em uma bolsa para pequenas emergências, como fralda e uma troca de roupa caso se sujem e essas coisas.

- Ta bom então! - sobe pulando de dois em dois degraus enquanto eu coloco a bolsa no meu ombro e pego o Nicolas que estava sonolento assistindo televisão.

Aproveito e desligo a tv e confiro se está tudo fechado e vou pra garagem o colocando na cadeirinha dele e já o cubro direitinho o vendo dormir de vez após eu fazer um cafuné nele enquanto esperava o Renato descer com o Theo.

- nosso Deus, ele tá 'num sono pesado demais, 'cê tá doido! - comenta enquanto passa o cinto da cadeirinha no Theo que até roncava.

O entrego a cobertinha do nosso caçula e a naninha dele para o fazer dormir mais ainda.

Dou a volta após fechar a porta do lado que o Nicolas estava e entro no lado do passageiro e deixo a bolsa dele entre os meus pés junto com uma nécessaire minha. E não demora muito passamos na casa dos pais dele para que eles pudessem ir nos seguindo e depois passamos no endereço que o Gui falou e ele e a Larissa estão e nos seguem também.

Durante o caminho é tudo um pouco mais calmo por causa dos meninos. Eu e Renato conversávamos baixinho para não acordar os dois justamente, porquê eles são iguais a mim quando são acordados, ficam em um baita mal humor.

- você acha que o Gui e a Larissa vão ficar juntos? - pergunto enquanto inclino meu banco só um pouco e deixo a mão na perna dele.

- acho que não. O Gui tava tendo um lance com a Victória. Mas eu também impus desde o começo que não quero saber de relacionamentos alheios atrapalhando as gravações, aí depois não vi mais os dois de Papinho, realmente não sei.

- seria tudo o Gui se ajeitar com alguém né? Ele merece ser feliz e amado, eu considero ele demais. Quando a gente só brigava na minha gravidez do Nicolas, só ele mesmo pra me fazer rir e fazer minhas doideras comigo, claro que o Léo, Thiago e a Tamiris foram tudo pra mim, mas o Gui ia lá todos os dias sabe e eu realmente considero ele demais, quero ver ele feliz é isso. - pego minha garrafa de água no compartimento no nosso meio e confiro os meninos que dormiam pesado.

- ele vai se acertar com alguém sim. No momento certo né. - assinto bocejando.

- vida, vai querer trocar de lugar comigo na parada? - me ajeito de lado.

- precisa não amor, eu tô acostumado a ficar acordado pela noite. Pode dormir aí se quiser, te acordo qualquer coisa.

- tá bom amor, se você se sentir cansado e com sono me acorda sem nem pensar duas vezes okay? - deixo um selinho nos seus lábios e me ajeito no banco.

Logo menos acabo pegando no sono ouvindo só o Theo roncando baixinho.

[•••]

- vida acorda. Chegamos já. - ouço a voz do meu marido falar baixo me fazendo acordar.

O olho me situando aonde estava e aí sim lembrando que estava vindo pra Porto Rico.

Me estico no banco retirando o meu cinto enquanto bocejo. Me viro pro lado e selo meus lábios ao do Renato e aí sim me ajeito e pego as bolsas que estavam entre as minhas pernas e desço do carro. Vendo que o Gui e o Eltom ajudam o Re a tirar os meninos da cadeirinha enquanto dormem.

Nós dois - Renato Garcia ( parte dois de "tudo acontece por um motivo" )Onde histórias criam vida. Descubra agora