Capítulo 25

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— O que? Como assim 'demitido'?

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— O que? Como assim 'demitido'?

— Do tipo que seu chefe fala para você não trabalhar mais para ele. — Ben tenta fazer piada. O negócio é que não estou achando graça.

Estamos juntos no Mazarick, em mais uma aula de química e ele acaba de me confessar que foi demitido ontem.

— Mas porquê ele demitiu você? — Isso ainda era muito ilógico para mim. Ben não parecia ser do tipo que faria algo grave para causar uma demissão.

Tiro o caderno e livros do meu colo e coloco-os no banco, ao meu lado, para me virar diretamente para Ben. Ele me parecia bem tranquilo. Seus braços estavam cruzados, mas suas feições estavam relaxadas, não demonstravam qualquer preocupação. Em relação àquilo, pelo menos.

— Ainda não sei exatamente porquê ele ficou tão bravo. — A testa dele se franze. — Adam estava na minha cola essa semana, por eu estar um pouco menos produtivo do que eu costumo ser. Veja bem, com o Sr. Finlay no hospital e Fluflu com ele, eu realmente não consigo dar tudo de mim, preocupado que algo possa acontecer a qualquer momento.

—  Mas — ele continua. — eu nunca dei motivo para que Adam desconfiasse da minha capacidade de fazer tudo correto. Sempre fiz todo o trabalho do jeito que tem que ser feito, agora, apenas, com um pouco menos de ritmo.

— Então, ele te demitiu por isso? — pergunto, sem querer acreditar.

— O gatilho — ele me olha com uma sobrancelha levantada. — foi eu ter ido para o hospital ontem, sem avisar que ia faltar o trabalho. Erro meu, admito, mas o Sr. Finlay teve uma parada cardíaca e fui correndo ficar com Fluflu. Adam me ligou furioso e não me deixou explicar. Simplesmente me demitiu.

Estou horrorizada.

— O que aconteceu com o Sr. Finlay? Ele está bem? — Meu coração está batendo muito forte.

Um aceno. A brisa do fim de tarde passeia entre nós, bagunçando os cabelos de Ben. — Ele está fora de perigo agora.

Meu peito se alivia.

— Isso é bom. — respiro. — Mas agora você está desempregado. — olho-o com atenção em busca de alguma emoção. — Você está bem com isso?

Ele suspira, olhando para o lago à nossa frente.

— Eu não devia. Sabe, não sou rico e está difícil arranjar um emprego de meio período. Mas eu não aguentava mais. Era como se fôssemos animais. Mal tínhamos folga e o pagamento era horrível. Provavelmente isso não acontece em grandes empresas, mas eu não tinha condições de me dar o luxo de escolher.

Não sabia o que fazer quanto a isso. Eu queria, desesperadamente, ajudá-lo, mas ele está certo. Não é fácil arranjar um emprego de meio período aqui por perto.

— Vou ficar de olho caso uma oportunidade chegue. — Foi o melhor que consegui fazer para consolá-lo.

Ben vira a cabeça para mim e dá um sorriso de gratidão.

Como se Fosse Verdade - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora