Capítulo 31

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Acho que vou vomitar

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Acho que vou vomitar.

Não sei porque estou tão nervosa. Não é como se eu estivesse indo conhecer a mãe do meu namorado… Mesmo quando esse é o meu desejo.

Quando Ben me falou que Flora queria me conhecer, pensei que tinha escutado errado. Ele falava de mim para ela? Bem, não é estranho que comentasse sobre sua nova amiga. Então por que não conseguia me livrar da sensação que estaria sendo testada pela mulher que nunca gostou de mim por um acontecimento de anos atrás?

De repente, me arrependi de ter aceitado ir a esse encontro hoje. O problema eram aqueles olhos azuis cravados em mim, me impossibilitando de dizer qualquer coisa que não seja "sim" para eles.

Estou pronta, prestes a abrir a porta para sair de casa, quando minha mãe me chama.

— O que foi? — viro-me para ela.

— Vim avisar que Richard queria o próximo final de semana na casa de praia dele. Ele quer aproveitar enquanto pode, antes da chegada do inverno. — Mamãe cruza os braços na altura dos seios e encosta-se na parede. — Você vem com a gente?

— Ah, isso é... — Se fosse com outro, eu diria que aquilo era uma completa loucura, mas Richard tem se mostrado um cara legal e minha mãe tem se esforçado para compensar o passado. E fazia tempo que eu não ia à praia. — Legal. Acho que um pouco de sol e maresia vão me fazer bem. — Dou de ombros.

Ela fica visivelmente surpresa com a minha resposta.

— Certo. Bom. — Um sorriso começa a crescer em seu rosto. Mamãe fica linda quando sorri. — Vou avisá-lo que você também vai.

— Ok. — assinto. — Bem, eu tenho que ir. — aponto para a porta atrás de mim.

— Aonde vai? — Surpreendentemente, curiosidade brilha em seus olhos. Minha mãe não costumava se interessar pelo o que eu fazia ou deixava de fazer.

— A um café. — Não quis dar mais detalhes, pois aquilo exigia tempo para explicar como cheguei a este ponto e não queria dar a Flora um motivo para me criticar, se eu me atrasasse.

— Ah! — Acompanho o movimento que sua mão fez para colocar o cabelo castanho ondulado, parecido com o meu, atrás da orelha.

— Por que? — pergunto com igual curiosidade.

— Nada demais. Eu queria apenas… conversar. Atualizar, sabe. Mas não quero atrapalhar… o que quer que você esteja fazendo. Vá. — ela indica a porta com o  queixo.

Eu não tinha muita vontade de conversar com ela, não sobre as coisas que conversávamos antes. Essa relação entre nós… quebrou. Não é fácil resgatar sentimentos perdidos como aqueles, mas se ela estava disposta a tentar…

— Bem, eu preciso resolver uma coisa, mas, talvez, possamos conversar qualquer dia. — Desvio o olhar por um segundo e volto a tempo de ver o rosto da minha mãe se iluminar.

Como se Fosse Verdade - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora