Capítulo 2

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"Meu coração é, e sempre vai ser, seu

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"Meu coração é, e sempre vai ser, seu."

Suspiro, olhando para o livro, enquanto penso que seria maravilhoso que um Edward Ferrars dissesse isso para mim. Apesar de me identificar mais com Marianne do que com Elinor.

Vivo imaginando o meu final feliz, desde pequena. Talvez seja por que eu leio muitos romances e sonho com o cara perfeito, mas gosto de pensar que terei um bom futuro.

Termino mais um capítulo do livro Razão e Sensibilidade, escrito por Jane Austen.

Nunca me canso de ler as obras dela. Sempre trazem uma reflexão e paixão em cada página. O mais legal é que ela era uma mulher escritora do século XVIII.

Fazia uma semana desde a última vez que tentei entrar em contato com Mike e já estava cansada de não ter notícias dele.

Levanto da cama, onde estava lendo, e caminho até a minha parede de prateleiras à minha frente.

Meu quarto não é muito decorado. Eu tinha quatro prateleiras: uma para séries de fantasia e drama, outra para os clássicos e duas para romances.

Na parede seguinte, que fica ao lado da porta, havia uma estante média onde eu guardava os de suspense, terror, ficção e poesia. Minha mesa de escrivaninha ficava abaixo das prateleiras e também tinha livros em cima dela. Minha mochila do colégio guardava mais três livros e meu Kindle.

Coloco Razão e Sensibilidade na segunda prateleira, entre Persuasão e Orgulho e Preconceito, duas outras obras da Jane.

Olho a hora no relógio do celular. São 16:30.

Tenho que ir para a casa de Rose agora para ajudá-la com Inglês antes que fique tarde demais para o jantar.

Saio do quarto e desço as escadas em direção à cozinha. Escuto sons que parecem... Não. Não pode ser. Me apresso nos últimos degraus, praticamente correndo.

Chegando lá, encontro minha mãe sentada no balcão da cozinha, beijando um cara, que estava entre as pernas dela.

Ele parecia estar na casa dos 40, mas usava roupas mais jovens. Seu jeans era rasgado e as mangas de sua camisa azul marinho estavam nos cotovelos.

— Mãe? — Eu sabia que era ela, mas tinha que ver seu rosto para meu cérebro acreditar que aquela era realmente a minha mãe.

As duas cabeças se viram na minha direção quando escutam minha voz. A mulher que me deu a luz me olha com boca e olhos arregalados, enquanto o homem teve a decência de parecer envergonhado.

— Kate! — exclama ela.

— Mãe, quem é ele? — procuro conter a minha raiva e vergonha. Sua postura vacila e o cara pigarreia, o que a lembra de descer do balcão e ajeitar suas roupas.

— Não é da sua conta! — ralha ao mesmo tempo que ele diz "Richard."

— Não é da minha conta? — ecoo, ignorando Richard. — Vocês estão praticamente se comendo aqui na cozinha enquanto eu estou em casa e isso não é da minha conta? A porcaria que não, mãe!

Como se Fosse Verdade - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora