Haru
Eu não sei se posso chamar isso de vitória. Eu fiquei tão debilitado quanto eles, porém, eu não cai. Eu permaneci em pé, enquanto planejava os próximos passos.
Meus pensamentos estão em Laogai, ou melhor no grande deserto. Há alguma força espiritual muito grande lá, disso eu não tenho dúvidas, mas será que é uma das que eu preciso?
A grande árvore é o grande motivo de terem me prendido lá, por algum motivo, não é possível dobrar nada perto das suas raízes. É como se elas anulassem qualquer poder espiritual. Creio que isso será uma grande dificuldade.
— Vamos embora. – Eu falo para Kieran e Venon. Preciso planejar minha viagem.
Falo alto o suficiente para que Meelo ouça. Ele sabe que as coisas estão para piorar.
Depois de tudo eu acabo indo para casa dormir, descansar esse corpo debilitado. Deixo com Venon e Kieran resolver a minha ida a Laogai. Apago e durmo profundamente. Sou engolido por um turbilhão de água. Será que eu estou sonhando? Sinto-me afogar. Vou perdendo o fôlego e começo a tossir.
Acordo com o coração acelerado, e tentando tomar ar.
— Você não vai me deixar em paz? – Eu digo para mim.
Esse é um dos pesos de todo esse poder. Eu ainda sinto esses espíritos dentro de mim. Resistindo e lutando o quanto podem. Porém existe uma coisa muito mais sombria que paira a minha mente e me faz recuperar o controle.
Tudo seria muito melhor se eu tivesse encontrado a Mira, porém nenhuma notícia até agora. Se ela tivesse morrido, eu seria o primeiro a perceber. Contudo, uma coisa eu tenho certeza, ela está por ai, provavelmente se fortalecendo. E eu não sei se isso me preocupa ou me causa orgulho.
Esses sentimentos quase humanos se reforçaram dentro de mim desde que eu peguei o poder de Yue Bay. Vaatu não parece se importar com isso. A única coisa que vem ao meu pensamento e a necessidade de mais poder.
Venon aparece logo cedo.
— Não conseguimos a permissão para a viagem. – Ele me diz quase melancólico.
Essas palavras demoram a fazer sentido.
— Qual dos dois? Aposto que foi Tzar. Eu darei um jeito nisso rapidamente.
— Não. Ele me ajudou. Tentou se comunicar com o Governo de Laogai. Falou ao seu favor, porém. todas as fronteiras estão fechadas. Ninguém tem permissão para entrar ou sair daquele país. Tzar disse que eles estão em estado de Guerra.
Saira
Fazia apenas algumas horas que havíamos chegado a Republic City. Estávamos hospedados em um pequeno hotel no centro.
Foi difícil conseguir os documentos necessários e simular o sotaque desse país, mas valeu a pena, havíamos passados despercebidos, pelo menos até agora.
— Disseram que ele estava em um ginásio ontem. Que ele levou crianças para testar o seu poder. – Eu disse ao olhar um pequeno folheto colocado debaixo da nossa porta.
Ren estava deitado na única cama do quarto. Ele me olhou e voltou a olhar para o teto mofado.
— Não é uma surpresa. – Foi a única coisa que ele disse.
Eu estava com o dobro da minha paciência. Apesar de gostar muito do Ren, fazia muito tempo que eu não convivia com ele.
Tomu, nosso pequeno dobrador de areia. Estava um pouco eufórico. Ele nunca havia saído de Laogai, e a realidade de Republic City o estava animando.
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Avatar - A lenda de Mira ( Repostando)
ПриключенияO mundo não é mais o mesmo. O número de dobradores está caindo a cada geração. O mundo está em paz. A tecnologia evoluiu muito e os dobradores não são mais necessários. Mas quanto mais raros eles ficam, mais poderosos e influentes eles são. O últi...