Livro 2 - Ar : Capítulo 2 - Memórias

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Meelo

No meio de toda aquela multidão ela olhou diretamente para mim. Um turbilhão de perguntas foram lançadas e ela começou a ficar perdida. Entrei no meio de todas aquelas pessoas e a puxei pelo braço.

—Precisamos ir. – Eu disse já sem fôlego.

— Acho que eu não deveria ter falado isso, não é?

—Não. Você falou exatamente o que precisava.

Vimos Suni a frente ela parecia muito confusa. Passamos por ela e a peguei pelo braço também.

— Eu vi tudo! Mira! Você é incrível!

Mira parecia um pouco acanhada.

— Sou mesmo?

Elas estavam diminuindo a velocidade e ficou cada vez mais difícil levar aquelas duas para algum lugar.

— Suni, Mira. Não vamos parar agora. As pessoas não vão te deixar em paz.

— E a competição? – Suni perguntou.

— Você está pensando na competição agora? Você acha que terá alguma coisa depois de tudo o que aconteceu?

— Ah, mas...

— Suni, vamos! Meelo sabe o que faz.

Eu sabia? A única coisa que eu sabia era que eu precisava levá-la para a minha casa. Meu pai saberia o que fazer. Mas como fazer isso? Alguns curiosos estão vindo atrás da gente, logo o governo ira averiguar tudo o que aconteceu, e nós não iremos mais ter paz.

Repórteres nos cercaram de todos os lados.

—Você é mesmo a Avatar? –uma moça de cabelos vermelhos perguntou se pondo a nossa frente.

Mira se desvinculou de mim e colocou a mão atrás da cabeça.

— Bem, eu sou.

—Mas como você pode afirmar isso? – Um homem alto falou se aproximando.

Mira franziu o cenho.

—Apesar de não ter gostado do seu tom. Eu posso responder, eu posso dobrar mais de um elemento e fora que eu me conectei com a minha vida passada.

— Você pode demonstrar para nós? – alguns disseram.

— Mira, não faça isso, não se exponha mais.

Uma rajada de ar no separou de todos. Uma sombra tampou o sol, e eu enxerguei minha tia Jinora. Ela estava com o Jumba.

As pessoas se afastaram para dar espaço ao enorme Bisão.

— Vamos.

Eu disse me aproximando.

— Mira? Meelo? Eu os vi na televisão. Temos que ir agora. — Minha tia gritou.

Subi no Bisão com facilidade. Usando a minha dobra. Suni fez do jeito dela. Puxando os pelos do pobre animal que guinchava incomodado.

— Eu também senti saudades seu Bisão fedorento. – Suni disse alegremente.

— Mira vamos. – Eu estendi a mão para ela.

Ela hesitou.

— Espera. Eu preciso falar com o meu pai. Eu preciso explicar.

— Mira. Depois iremos até o seu pai. Vamos primeiro deixar a poeira baixar. Eles vão vir atrás de você.

Ela pareceu pensativa. E com um impulso de ar que me fez fechar os olhos, subiu e sentou-se ao meu lado.

Avatar - A lenda de Mira ( Repostando)Onde histórias criam vida. Descubra agora