Única Solução

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Savannah Willians

"-Você parece cansada.- meu pai fala me observando pelo computador.

-É muita coisa. Estudos, treino...

-Devia descansar um pouquinho, para não ficar louca aí.- ele explica.- Dizem que aí tem alguns parques ótimos.

-Com certeza deve ter.- apoio o queixo na mão.- Cadê a mamãe?

-Ela está.... indisposta.- ele tenta me convencer disso.

-Isso ou ela está com raiva por que a treinadora falou que eu não estou conseguindo fazer o salto?- pergunto com certo sarcasmo.

-Você sabe como isso é pra ela.- ele tenta sorrir.- Ela vai ficar bem, não se preocupe.

-Ela não vai falar comigo até eu conseguir fazer o salto.- balanço a cabeça.- Isso é tão infantil, pai.

-Você conhece sua mãe.- ele suspira.- Vou garantir que ela saiba que está tentando.

-Não é o bastante para ela.- mordo o lábio.

-Filha, você é boa, não conseguir um salto é apenas um obstáculo.- ele explica.- Você é melhor que pensa.

-Posso ser melhor.- abaixo o olhar.- Tenho que ir, pai.

-Ok, tome cuidado e descanse.- ele lembra.- Não quero uma filha zumbi.

-Pode deixar.- sorrio."

Assim que fecho o computador já pego meu casaco e as chaves do meu dormitório para eu não ficar do lado de fora, de novo.

Saio do quarto e pego minha bolsa, coloco as chaves dentro e abro a porta, começo a andar pelo corredor e passo por algumas meninas que estão conversando.

Vou na direção da saída e lembro que não sei onde a casa dele fica, mas pelo horário deve estar naquele bar, torço para eu estar certa quando a isso.

Coloco os cabelos para trás e peço um táxi, ele chega em alguns minutos e estou indo para lá quando penso no que estou fazendo.

Realmente vou ter que engolir o orgulho, e ele não parece ser o tipo de cara que deixa para lá o fato de que eu aceitei depois de dizer que não ia fazer nada.

O táxi para no bar e pago antes de sair, caminho até a porta bar e olho pela janelinha, vejo ele conversando com uma garota de cabelos castanhos escuros.

Entro no bar e o sininho soa, mordo o lábio e começo a ir na direção dele antes de podermos falar, Carter logo me percebe e um sorriso arrogante assume seu rosto.

-Podemos conversar?- pergunto.

-Não vê que estamos juntos?- a menina pergunta para mim.

-Só vai levar um minuto.- a observo.

-Bem, fale com ele amanhã.- ela empurra meu ombro.

Sorrio tentando manter a calma e a expressão serena, por que ela acabou de empurrar o meu ombro mais dolorido e meus olhos se encheram de lágrimas.

-Carter.- olho para ele.

-Volto já, Stacy.- ele diz a ela.

Vamos até o canto do bar e apoio com cuidado meu corpo na parede, ele coloca as mãos nos bolsos e faz o mesmo que eu ao meu lado.

-E então?- ele fala meio dramático.- Que surpresa é essa?

-Você sabe por que eu vim.- falo baixo.

-Na verdade, não.- ele balança a cabeça.

-Por causa do salto.- mexo o rosto e meus cabelos passam pelos ombros.- Preciso de ajuda.

A Amizade - Os CopelandOnde histórias criam vida. Descubra agora