the villains [Hiatus]

XLIX

Alguns dias haviam passado e Kyungsoo continuava ali em um tédio absurdo já que a maioria dos seus amigos não poderia ficar ali por horas, pois tinham os horários voluntários a seguir e também os estudos, sua mãe lhe visitava sempre a noitinha e sem que ninguém percebesse ela conseguia entrar na cabana e dormir com o filho, Elsa não havia pensado muito na parte mágica e o que ela seria capaz caso fosse usada.

Mais uma manhã e era o dia em que as fadinhas iam deixar os mantimentos da semana para que Kyungsoo conseguisse se alimentar, elas deixavam tudo perto da porta, o filho de Malévola tinha que ficar no meio da cabana enquanto elas abriam a grade e colocavam os mantimentos ali, e só quando elas trancavam que ele poderia se aproximar. Aquilo era humilhante para Malévola presenciar, por isso ela preferia ir ver o filho durante a noite, para Kyungsoo aquilo não era nada demais, pelo menos não estava sendo maltratado e até agora não haviam tentado o matar.

― Kyungsoo? ― ele ficou confuso arrumando os mantimentos no pequeno armário ― Sou eu, Boram.

― Boram! ― gritou indo até a grade, a menina estava ali com uma cesta em mãos ― Quanto tempo. Como você está?

― Bem, muito bem. Fico feliz em vê-lo, falei com JongIn que gostaria de vir aqui e ele me explicou onde ficava. Vim lhe trazer uns doces que minha mãe fez para você.

― Quem diria que um dia eu estaria recebendo presentes da praga ― disse rindo e Boram revirou os olhos ― Ela já viu minha mãe?

― Ainda não, ela vai começar a sair de casa agora, sabe, minha mãe passou tanto tempo em casa na infância e adolescência que até hoje ela ainda prefere ficar em casa, mas depois de muita conversa ela está disposta a sair mais, conhecer mais ― disse sorrindo abrindo a cesta ― Disse que irá procurar Malévola nos próximos dias.

― Sabe o que eu parei pra pensar? Se minha mãe quisesse  matar a sua, ela teria feito sem dó ― disse simplesmente ― Mas ela não quis, o que me faz pensar que talvez, ela goste um pouquinho da praga.

― Meu pai também diz isso ― disse tirando um pote e passando pela grade ―Esse é doce de morango, ela fez geleias também com flores.

― E isso é bom? ― fez uma careta pegando os potes e pondo alguns no chão.

― É, por incrível que pareça ― disse ― Se você precisar de algo, pode pedir para me chamarem.

― Você é tão boazinha que me dá medo, mas eu gosto ― sorriu de canto ― Não sei porque, mas eu gosto disso, parece que se um dia você perder a calma você pode ser capaz de matar.

― Que horror, Kyungsoo! ― arregalou os olhos.

― Só um comentário bobo ― disse.

― Eu vou indo, preciso estudar. Você precisa de alguma coisa ou quer que eu chame alguém?

― Não, ninguém pode vir esse horário. Tchau ― falou e a garota assentiu se afastando ― Ela com certeza mataria um, eu sinto isso.

― Claro que sente, príncipe ― Kyungsoo sorriu, não precisava nem se virar para saber que era Taeyong ― Temos um problema, Kyungsoo. ― o filho de Malévola virou e Taeyong estava deitado na cama ―  Florian e Hyomin não podem mais ficar no submundo e você precisa decidir o que fazer, príncipe. Ordens do seu pai.

[...]

― Eu não consigo entender como a culpa vai toda para a minha mãe ― Junmyeon disse andando pela casa de Tremaine, Sehun bebeu um pouco de chá com sua avó, Luhan observava o bordado que Treimaine fazia tentando entender como aquilo funcionava e Yixing lavava a louça ― Meus avós excluíram o que meu pai fez e só Cinderela é culpada.