The beginning of birthday.

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Pov Bakugou.

Hoje já é o terceiro dia que estamos viajando, e dessa vez ele inventou de que queria ir pra praia, isso tudo depois de rodar em quase todas as piscinas por outro dia inteiro.

Como eu não teria muita escolha sobre isso, apenas assenti e arrumamos as coisas pra passar o dia lá.

Boa parte da praia já tinham cadeiras e sombreiros, provavelmente colocados pelo hotel já que ele era bem de frente.

A água cristalina batendo na areia branca refletia a luz do sol. Eu achava isso bem incomodante já que assim ficava com os olhos encolhidos o tempo todo, mas é melhor do que ir para algum lugar frio.

A primeira coisa que procurei foi alguma cadeira com a menor quantidade de sol possível. Até que não foi tão difícil, tinham várias enfileiradas uma ao lado da outra.

Me sentei em uma delas e Kirishima em outra do meu lado. Tava tudo bem até eu ouvir o Kirishima falando “oi” pra alguém.

Eu olho pro lado e lá estava a desgraça daquela tal família de novo. Puta que pariu esse povo tá perseguindo a gente não tem condição.

E esse cumprimento tinha sido praquela menina que tinha acabado de aparecer cumprimentando ele e logo em seguida dizendo o mesmo pra mim. Apenas encaro ela por alguns segundos e volto meu olhar pra frente, pro nada na verdade.

Inicialmente, foi apenas um cumprimento mesmo já que ela se virou pra conversar com o povo da família enquanto Kirishima se virava pra mim novamente já com cara de pidão.

--Suki!
--Que que você tá querendo agora..?
--Vamos estrar na água!
--Que? Porra Kirishima você ficou na água dois dias inteiros seguidos e ainda quer mais? Nasceu de um peixe foi?
E lá se foi ele pra beira da água. O que eu na verdade não esperava era que aquela menina foi também.

Por um tempo eu nem prestei muita atenção neles. Continuaram conversando enquanto “cuidavam” das criança que também tinham ido se molhar.

Mas teve uma hora que ela começou a se aproximar dele vagarosamente. Mas que porra ela tá tentando fazer..? E pra me irritar mais ainda esse lerdo nunca percebe nada.

Além disso, também tem o principal problema da praia. Tem muita gente, e metade tava me reconhecendo.

Também falavam do Kirishima mas como ele tava conversando, nem tentaram se aproximar.

Já comigo, a cada cinco minutos alguém passava cochichando algo como “Olha! É o Bakugou, da UA. Caramba!” isso quando eu não ouvia algo como “Nossa… Que gato… Nem guindaste viu.”



Procurei me distrair com alguma coisa mas só conseguia reparar no quanto a menina deixava claro que queria o Kirishima, e ele não entendia isso. Tinha até uma certa graça na verdade.

Eu ainda tentei ignorar aquela porra mas tava bem na minha cara, na minha frente ela se aproximou num ponto que qualquer um falaria “Agora o beijo sai” aí eu não ne aguentei.

Levantei da cadeira que eu estava sentado, levando os olhares junto comigo. Quando percebi que meio mundo de gente me observava, já era tarde demais.

Fui até onde eles estavam e empurrei a cabeça do Kirishima pra baixo.

--Cai fora filha da puta! *Foi o grito que sai sem eu nem mesmo perceber*

Assim que ele olhou pra cima novamente, sem entender nada, pego sua mão e o puxo para se levantar.

--Ele é meu, então tira o olho porra!

Saio puxando ele passando pelo mar de gente que tinha aparecido (tenho certeza que antes não tinha tanta gente).

Ele tentou me fazer parar mas isso só me fazia andar ainda mais rápido.


Isso acabou virando uma caminhada, pois só parei de puxar ele quando tinha ficado mais calmo.

--Ahn... Suki?
--Você cala a boca seu lerdo da desgraça!

Continuamos andando, dessa vez mais devagar, até eu perceber que a areia foi ficando mais escura. O Kirishima tinha comentado que era uma praia de areia branca e outra preta, mas só lembrei disso quando a vimos.

Eu não entendi o porquê, mas ela era bem abandonada. Achei tão bonita mas ainda assim independente pra onde você olhasse não tinha ninguém.

Depois de terminar de admirar a vista percebi que eu ainda estava segurando a mão do Kirishima. Olho pra ele, e seus olhos brilharam junto com seu sorriso.

Minhas bochechas queimaram um pouco, então me sentei na areia pra disfarçar.


Ficamos bastante tempo apenas sentados em silêncio,  o sol nem batia mais e a lua já estava começando a aparecer, mas ele tinha que falar sobre.

--Suki.

Olho pra ele, que estava com um sorrisinho de canto.

--Eu gostei de você ter ficado com todo aquele ciúme de mim. *Ele se aproxima mais*
--Aquilo não foi ciúme seu convencido. Eu não aguentava ver tanta lerdeza vinda de uma pessoa só. Só isso.
--Então acho que não vou querer deixar de ser lerdo. *Ele solta uma risada nasal e sela nossos lábios*

Puxo ele mais o sentando no meu colo. Peço passagem com a língua e ele corresponde.

Coloco as mãos sobre sua cintura o prendendo mais contra mim.

--Uhm... Suki eu não acho que seja uma boa ideia a gente fazer isso aqui.
--Fazer o que? Você que é o tarado aqui eu não tinha nem pensado nisso. *Fico calado por um tempo* Mas já que você deu a ideia... *Um sorriso malicioso me escapa*
--Até parece.
--Ah Kiri. Vai me dizer que você não acha excitante esse perigo? *Digo lentamente perto do seu ouvido e ele solta um suspiro*
--Ai... Eu odeio essa sua tara...
--Odeia nada...

Começo a beijar seu pescoço enquanto descia minhas mãos até a beirada de sua bermuda.

--U-uhg... A gente deixou as coisas tudo lá no meio da praia... Se escurecer-
--A gente pega lá daqui a pouco Kiri. Que foi? Tá tentando se convencer que não gosta de fazer isso aqui é? Porque isso me diz o contrário. *Digo passando a mão sobre seu membro que pulsava ereto contra o meu*


Além de o lugar estar deserto, ter algumas rochas que “tampariam” a gente e que eu estava fodase, não tinha problema algum de fazermos aquilo alí. Se aquela menina tivesse vindo atrás da gente já teria chegado, e o problema seria dela se visse isso.



Coloco dois dedos em sua entrada, o preparando um pouco e logo depois meu membro. Seguro sua cintura o conduzindo enquanto sentava sobre meu membro lentamente, tentando me provocar. Por causa disso, o puxo com força indo bem mais fundo.

--Ah! S-suki...
--Que foi? Você pode me provocar e eu não posso fazer isso é? Assim não vale uai. *Repito o movimento*
--Awn...
--Mas se você fizer barulho, o medo que você tava agorinha vai se tornar realidade neh.

Continuei repetindo no mesmo ritmo enquanto ele mordia os lábios tentando abafar seus gemidos.

Não demorou pra chegarmos no limite e ele respirar fundo assim que saio dele.

Nos arrumamos novamente e fomos pegar as coisas pra voltarmos ao hotel.



Não deu meia hora que estávamos lá, ele já estava pedindo pra irmos nas piscinas.

--Vamos! Por favor.
--Hm. Mas já tá meio tarde pra isso não..?
--Ah vem. A gente vai no bar molhado então.
--Tá me chantageando Kiri?
--Eu não. Longe de mim fazer isso.
--Tô sabendo. Então anda logo.

O que estava lotado de verdade era o bar que ficava no pátio, já que não podia entrar com comida na piscina e todos sempre pediam um petisco junto.

Me sentei em um dos bancos, ao lado do que Kirishima estava.

--Eu vou querer um whisky. E você? *Kirishima diz pro garçom e depois fala comigo, mas na minha opinião ele tava rindo demais*
--Hm. Pode ser a mesma coisa.
--Ah- Sinto muito senhor mas, não distribuímos bebidas alcoólicas para menores de idade. *O garçom se dirigiu a mim*
--Hein? *Foi o que eu disse enquanto o Kirishima continuava segurando a risada*
--A pulseira marca quem pode e também quem não pode receber bebidas. Se reparar a de vocês duas é diferente.

Eu já tinha percebido isso. No dia em que nós chegamos, colocaram uma pulseira no pulso de cada um. A minha tem na metade um laranja florescente e o resto azul, mas a do Kirishima era inteiramente azul.

Como esse imbecil não comentou nada, pensei que poderia ser algo sobre ele ser quem marcou as coisas.


E enquanto eu raciocinava tudo, o Kirishima rindo.

--Você sabia disso neh seu filho da puta?
--Não sei de nada.

Solto um suspiro longo pra não ter que xingar ele a plenos pulmões.

--Me traz um suco de limão então. *Disse encarando o Kirishima, e lá se foi o cara*

Durante o meio tempo em que ele preparava o que pedimos, Kirishima só tentava olhar pra outra coisa que não fosse eu.

--Aqui está.
--Obrigado. *Ele agradece enquanto o homem vai embora*

Antes dele, pego seu whisky e viro o mesmo no meu copo. Devolvo pra ele e começo a beber o que eu pedi enquanto ele me olhava completamente indignado.

--A culpa disso é sua, então nem pense em reclamar ouviu. *Disse me virando pro outro lado*



Já era bem tarde quando voltamos pro quarto. Tomei um banho e logo depois Kirishima fez o mesmo enquanto eu preparava algo pra gente comer.

Depois de comer algo, ele ficou assistindo televisão no cômodo ao lado do quarto enquanto eu fiquei mexendo no celular.

Depois de bastante tempo, ele vem saltitando pro quarto  Assim que apagou as luzes subiu na cama junto a mim e sentando no meu colo.

Deixo o celular de lado já que sabia que ele queria falar alguma coisa.
--Sabia que a partir de hoje, eu não tenho mais o perigo de ser preso?
--Hein?
--É que, de agora em diante eu não sento mais em um menor.
--Tsc.. Desgraçad- *Ele me corta colando nossos lábios e se inclinando um pouco mais em cima de mim*
--Feliz aniversário Suki.
--Hum. *Eu me recusava a responder então apenas puxei sua cintura e colei mais nossos corpos iniciando outro beijo, dessa vez mais intenso*

Nesse momento, a desgraça do meu celular começou a tocar. Olho nele rapidamente e vejo que era o Pikachu. Nem a pau que eu pararia isso pra aceitar uma ligação dele.

Apenas ignoro e me volto ao Kirishima, passando minha mão sob seu abdômen.

O celular começou a tocar novamente, até chegar em um ponto que eu já tinha estressado. Não conseguindo ignorar me sento na cama e pego o celular, atendendo o mesmo.

--Que que você quer empata foda do caralho?
--Hm.. Agora você sabe que que isso neh?

Eu acho que inicialmente era pra isso ter soado como uma ironia mas ainda assim ficou um silêncio perturbador quando eu, Kirishima e até mesmo ele lembramos das desgraças do ano passado.

O Zumbie até que sabia de partes dessa história então não sentiu tanto o impacto da indireta. Graças a isso ele não deixou o silêncio durar muito.

--Feliz aniversário Biribinha. *Ele falou*
--Isso. Feliz aniversário Bakugou! Finalmente alcançou uma idade digna de um homem de verdade hein? *Pikachu fala mas consigo ouvir ele segurando a risada*
--Vai se fuder! Era só isso seus filho da puta?
--Na verdade... Era sim.
--Então tchau.
--Tchau, e foi mal atrapalhar aí. *Zumbie falou rindo e desligou. Vagabundo...*

Daí eu fui ver que tinha meio mundo de mensagem. Eram parabéns de todo mundo da sala, que pro meu azar tive que responder tudo já que o Kirishima não me deixou ignorar.

Se eu, não fosse eu.. Talvez eu tivesse gostado de toda aquela atenção deles. Saber que eles realmente se importam comigo. Mas eu sou eu neh então, que pena.

Kirishima me impediu de ir de madrugada trocar a desgraça da pulseira. Tive que dormir, só poderia na outra manhã. Agora é esse filho da puta que vai ser acordado cedo.




Forbidden fruit. [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora