capítulo quatro.

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— Ir, né? Tudo bem, Thur

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— Ir, né? Tudo bem, Thur. — Laís me interrompe, dando um sorriso que era nítido que estava sendo forçado. Eu realmente queria ficar, mas Dacruz teve que sair de última hora.

— Mas, já? — Alice fala, cruzando os braços e olhando pra mim.

— Eu tenho que jogar um campeonato, não tem ninguém 'pra me substituir. — murmuro.

— Ah, tudo bem então. — Ana força um sorriso, assim como Laís.

— Tudo bem? A festa só 'tá começando! — Alice bufa.

— Alice, por Deus, é o trabalho do menino. — Ana diz e solto uma respiração pesada.

— Eu prometo que vou me cuidar. — abraço a Laís, tenho certeza que isso vai gerar futuras conversas sobre eu me "sobrecarregar demais". — Desculpa aí, por isso. — me solto de seu abraço.

— É o teu trabalho. — Guilherme diz e eu dou um sorriso sem mostrar os dentes.

— Sejam bem-vindas. — faço um "toca aqui" com Ana, e quando chega a vez da Alice, ela força um abraço, o que me deixa um pouco sem jeito. — 'Tamo junto qualquer coisa que 'cês precisarem, aí.

— Tenho certeza que a gente vai se ver mais vezes. — Alice diz, com um sorriso no rosto e eu arregalo os olhos assentindocom um sorriso forçado.

[...]

— Foi mal, Thur, sério. — Bak diz, se desculpando pela vigésima vez.

— Relaxa, dog. — digo, comendo alguns docinhos que eu havia pegado na festa.

— Mas, como foi na festinha? — Lzinn questiona. — Ou pelo menos o tempo que tu ficou lá. — a única coisa que vem em minha mente era a menina dos cabelos escuros e olhos verdes, com aquele sorriso.

— Foi bom. — E elas são da tua idade, Thur? — Jordan pergunta e eu já entendo onde ele queria chegar.

— São.

— Ixi, mas elas são boa pinta? — Lzinn questiona.

— Elas são, pô, tem uma tal de Ana, lá, ela é linda 'pra caramba, e também.. — falo, arregalando os olhos ao cair pra uma mina terrestre.

— Que bonitinho. — Jordan diz, com uma voz fina.

— Lzinn, 'misera, vem cá. — grito e os meninos riem descontroladamente, sem nem sinal do Lzinn, mesmo que ele fosse o que estivesse mais perto.

— E elas não tem nenhuma tia, prima, não, Thur? — Lzinn diz e eu gargalho. — Vai saber, né, o povo desse teu condomínio, tudo nariz empinado.

— Ninguém vai me salvar não? — suspiro aliviado ao ver que Bak vinha em minha direção.

— Fica nessa aí, todo bobão falando da menina e deita de novo, Thur. — Bak diz, rindo, assim que levanta meu boneco e eu relo kit. — É, tropa, conheceu hoje e já 'tá chamando de linda. — tropa?

— Na minha época não era assim não. — Jordan diz, como se fosse um idoso.

— Tropa? — arqueio as sobrancelhas.

— É, ué, eu 'tô em live. — diz, simples, mas o suficiente pra eu me xingar mentalmente pelo que eu havia falado de Ana.

— Tu 'tá em live? — grito, perto do microfone e eles voltam a rir descontroladamente. — Caralho.

— Instagram só vai dar essa clipada essa semana, esquece. — Lzinn fala, rindo e eu passo a mão pelo rosto.

— Fora o Youtube, o Twitter.. — Jordan completa.

— Valeu pela força. — interrompo ele e os meninos gargalham novamente.

— Imagina se chega na menina, Lzinn. — Jordan continua, provavelmente com a intenção de me zoar.

— Oh, Thur, 'tão perguntando o sobrenome da menina aqui. — Bak diz, provavelmente se referindo a seu chat.

— E tu acha que eu sei, fi?

— Sabe sim. — Jordan diz com uma voz de bebê.

— Então deixa que o fandom da Loud descobre. — Bak diz.

— Meu Deus, cara. — estalo a língua.

— Descreve a menina aí 'pra nós, Thur. — Lzinn diz, até parece.

— Que bom que Deus ainda te permite sonhar, Lzinn. — digo e eles riem.

— Com o tempo ele vai contando, Lzinn, com o tempo ele vai contando. — Jordan diz, convencido, mas eu com certeza soltaria algo sem querer.

— Sei nem se vou falar com ela um dia ainda. — minto, eu espero que eu fale ainda.

— Até parece que tu não vai tentar nada, Thur. — Bak diz. — Tu acha a menina bonita, ela mora no mesmo condomínio que tu, e tu não vai tentar nada?

— Sendo essa mini cópia tua, Bak, tu acha que ele não vai? — Jordan diz e eles riem.

— Queria conhecer a menina, lamentável, de verdade. — Lzinn imita o meme e Jordan concorda.

— Dá 'pra 'cês pararem de falar da menina com o Bak em live?

— 'Tá com 'vergoinha, Thur? - Jordan diz com a mesma voz de bebê. — Fica assim não.

— É agora que o Bak pede 'pra a gente se concentrar? — pergunto.

— 'Vamo se concentrar, então. — Bak diz e eu nunca estive tão feliz.

— 'Tava 'tão bom. - Lzinn choraminga e eu nego com a cabeça, mesmo que eles não pudessem me ver.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora