Graças a evolução da empresa de seus pais, Ana inicia uma vida nova, juntamente a sua melhor amiga, Alice. A vida dela, ou melhor, seus sentimentos, podem virar de cabeça pra baixo a partir de uma simples festa de "boas-vindas" para conhecer a galer...
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Eu passei a tarde toda fofocando com Alice, que inclusive contou tudo que eu perdi nesse tempo que ficamos separadas. Mas sei que eu não posso confiar cem por cento, ninguém muda de um dia pro outro.
Em meio a tudo isso, ela comentou sobre o Guilherme, e sobre os sentimentos dela. E, realmente, se eu fosse a Laís também ligaria que tudo que aconteceu entre ela e ele, foi culpa da Alice.
Eu tentei não comentar sobre eles dois, mas ela já sabia de tudo — Guilherme havia contado, ele vinha pensando nisso há muito tempo.
E os momentos que ela conversava com ele na festa, enquanto estavam sozinhos, era pra perguntar se ele já tinha falado com Laís.
Alice passou a corresponder os sentimentos de Guilherme, inicialmente era só pra esquecer Arthur de uma vez por todas, mas agora, de acordo com ela, ela se sente definitivamente em casa quando está com ele.
Ela também me contou que Guilherme e Laís já ficaram, uma, duas, ou três vezes antes de nos mudarmos pra cá.
"Mas sempre foi só alguns beijos, e depois eles discutiam porque não queriam acabar a amizade. A Laís nunca quis levar pra frente porquê ele pegava todas, mas na época que eles ficavam o Guilherme só ficava com ela." — foi o que ela me disse baseado em uma conversa entre ela e Guilherme.
"O Guilherme só não aceitava até os últimos tempos ver a Laís com outro garoto, por isso ele era tão protetor com ela, principalmente quando se relaciona a Cauã." — completou.
Saio de meus pensamentos quando vejo Arthur se aproximando de mim.
Eu estava basicamente no meio do corredor do segundo andar, que não estava movimentado por causa da hora — já tínhamos largado — o que me fazia estar visível pra qualquer um que passasse.
— Bom dia. — o rosto dele expressava total sono. Eu sei que ele deve estar se matando de jogar ultimamente, além de ter que abrir live.
Deixando bem claro que ele dormiu as duas primeiras aulas de matemática inteiras.
Ele se aproxima mais ainda, provavelmente tentando me beijar, mas eu viro o rosto, fazendo o menino cruzar os braços.
— Arthur, a gente precisa conversar. — suspiro. Eu queria colocar tudo pra fora, e eu acho que ele seja a melhor pessoa pra isso. Aliás, eu confio nele.
— O que eu fiz, cara? 'Cê 'tá estranha desde ontem, passei a tarde toda com isso na cabeça. — dá uma pausa. — Uma hora você 'tá normal comigo, outra hora parece que tudo vai acabar de uma hora 'pra a outra.
Que merda, Ana, eu preciso parar de deixar tudo que a gente tem tão confuso a esse ponto.
— A Alice foi na minha casa ontem. A gente foi o caminho todo até lá conversando. — arregalou seus olhos, esperando que eu continuasse. — Foi por isso que eu não fui 'pra sua casa. Você sabe que eu iria, não sabe? — dá de ombros.
